A influência de Lula no Nordeste complica caminhos de Ciro Nogueira, Motta e Lira rumo a 2026

A influência de Lula no Nordeste complica caminhos de Ciro Nogueira, Motta e Lira rumo a 2026

A presença política de Luiz Inácio Lula da Silva e do PT nas regiões nordestinas vem se afirmando como um fator constrangedor para as ambições eleitorais de nomes ligados ao Centrão, como Hugo Motta, Arthur Lira e Ciro Nogueira. Os três enfrentam resistências locais e têm seus projetos fragilizados diante da força mobilizada pelos aliados do governo nos estados. (Fontes: DCM / O Globo)

Paraíba: Motta tenta articular nome ao Senado, mas enfrenta disputas internas

Em sua terra natal, Hugo Motta aposta na candidatura do pai, Nabor Wanderley, para o Senado, dentro da base governista. No entanto, o projeto esbarra na disputa com outros aliados tradicionais, como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que também almeja compor com o PT. A articulação política local revela fendas internas mesmo entre correligionários.

Alagoas: Lira mira o Senado, mas cenário mostra rivais à frente

Arthur Lira busca estabelecer alianças para entrar na disputa pelo Senado. Porém, pesquisas apontam performance superior de nomes como Renan Calheiros (MDB), Davi Davino (Republicanos) e Alfredo Gaspar (União-AL). Lira já afirmou que não pretende retornar à presidência da Câmara nem disputar cargo de deputado federal, mas sim focar no Senado. Ele também pondera que alianças dependem do desfecho da disputa presidencial: “Essa contextualização do MDB com o PT vai muito além disso”, afirmou.

Até o momento, o governo federal não indicou apoio explícito ao deputado, deixando que o MDB bata o martelo nas negociações em Alagoas.

Piauí: Ciro Nogueira se depara com resistência e perda de espaço

No estado onde já teve apoio do PT em 2018, Ciro Nogueira hoje se vê deslocado da aliança governista que reúne PT, PSD e MDB. Ele tenta manter protagonismo nacional e cogita até uma vice na chapa presidencial de 2026, ao mesmo tempo em que insiste em disputar a reeleição ao Senado. Apesar disso, enfrenta embates regionais fortes, e sua “saída” da base governista complica o ambiente local.

Além deles, outros integrantes do Centrão — como Antonio Rueda (União Brasil), Celso Sabino (União) e André Fufuca (PP) — também lidam com blocos difíceis de superar. Alguns devem deixar cargos ministeriais para disputar mandatos regionais, enquanto alianças e costuras políticas se desenham com cautela.

 

Fonte: Diario do Centro do Mundo 

Por Jornal da República em 29/09/2025
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