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Em declarações recentes, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), avaliou que o gesto de aproximação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrido durante a Assembleia Geral da ONU, provocou um recuo significativo da atuação de agentes ligados ao bolsonarismo nos Estados Unidos — em especial, do deputado Eduardo Bolsonaro e do influenciador Paulo Figueiredo.
Segundo Teixeira, o diálogo direto entre Lula e Trump rompe uma articulação que vinha sendo conduzida, desde março, por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo junto a setores nos EUA, com foco na defesa de sanções contra autoridades brasileiras. O ministro considera que esse momento marca uma mudança de postura diplomática, na qual “os dois saíram de cena” e os presidentes – Lula e Trump – assumem centralidade nas relações entre Brasil e Estados Unidos.
“O que foi importante na conferência das Nações Unidas? Foi que o presidente Trump se interessou em falar com o presidente Lula. E creio que ele vai perder essa relação com essas pessoas que fizeram esse trabalho sujo. […] Eles saíram de cena”, declarou Teixeira, referindo-se a Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.
Além disso, o ministro expressou críticas às iniciativas que visam retaliar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuindo tais ações a uma “articulação criminosa” orquestrada por aqueles atores políticos.
Teixeira também divergiu de setores empresariais que defendem que Lula deva evitar tratar de política nos encontros com Trump. Para ele, o momento é de usar o canal de comunicação aberto para levantar diretamente o que considera injustiças, tais como as sanções impostas a ministros do STF.
A análise do ministro sugere que esse novo ciclo diplomático, impulsionado pelo encontro entre Lula e Trump, pode redefinir as bases da articulação política brasileira junto aos Estados Unidos, deslocando atores antes tidos como influentes para fora do centro das atenções nas negociações bilaterais.
Fonte: Brasil247
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