ASSISTA: Poubel ataca Paes e cobra definição: 'Não dá para ser Vasco e Flamengo' na política do RJ

"Não dá para acender vela para dois santos": Poubel lidera cobrança por definição na disputa Castro x Paes

Deputado estadual do PL ataca Eduardo Paes e pressiona partidos que mantêm secretarias no governo estadual, mas votam com a prefeitura na Câmara do Rio.

Poubel exige definição de lado na política fluminense

Em discurso inflamado na tribuna da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado Felippe Poubel (PL) elevou o tom contra o prefeito Eduardo Paes e cobrou posicionamento claro dos partidos que integram a base do governador Cláudio Castro, mas apoiam projetos da prefeitura carioca.

"O chão tá arriscado, é lado A e lado B. Ou você tá com o Bacellar ou você tá com o Eduardo Paes. Não tem como acender vela para dois santos", disparou Poubel, referindo-se ao presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, como o candidato apoiado pelo PL para a sucessão estadual.

O parlamentar foi além nas críticas e atacou diretamente o prefeito Eduardo Paes, associando-o a escândalos de corrupção. "O codinome dele é 'nervosinho da Odebrecht'. Ele ficava nervosinho porque a propina dele demorava a chegar. Participou da farra dos guardanapos. Ele quer voltar à cena do crime, crime que levou o Cabral à prisão. Ele é cria do Cabral, soldado do Lula", afirmou.

"Riscar o chão": expressão marca polarização política

A manifestação de Poubel foi acompanhada por outros deputados ligados ao governador Cláudio Castro e ao presidente da Alerj, como Alexandre Knoploch (PL) e o novo líder do governo, Rodrigo Amorim (União). Todos utilizaram a expressão "riscar o chão" para marcar a necessidade de definição clara de alianças políticas no estado.

"Só uma coisa que eu concordo com o grupo do Eduardo Paes. O chão está riscado na política fluminense. De um lado temos o nosso presidente Rodrigo Bacellar, e do outro temos o Eduardo Paes", afirmou Knoploch, criticando partidos que mantêm secretarias no governo estadual, mas votaram a favor do projeto da Guarda Municipal na Câmara do Rio.

Curiosamente, a mesma expressão foi usada pelo presidente estadual do PSD, Pedro Paulo, há 11 dias, quando o governo Paes sofreu uma derrota na Câmara com a ajuda de vereadores do PT, que integra a base do prefeito.

Projeto da Guarda Municipal como estopim da crise

A aprovação em primeira discussão do projeto que regulamenta o uso de armas pela Guarda Municipal do Rio foi o estopim para a escalada nas tensões. Segundo os deputados, Paes só conseguiu aprovar o texto porque vereadores de partidos da base de Castro, como PP e MDB, ficaram ao lado do prefeito.

"Ontem, nada mais nada menos, o que foi votado não é armar a guarda, é uma contratação temporária de soldados do Eduardo Paes", criticou Poubel. "Anteriormente, eu sempre fui atacado aqui, muitas das vezes pela esquerda: 'faz arminha, oh, fez arminha, tá me ameaçando'. Mas agora ninguém vem para cá se manifestar contra a criação de uma milícia, a milícia do Eduardo Paes."

O deputado também questionou a atuação do prefeito na segurança pública: "Eduardo Paes não entende nada de segurança. Ao contrário, ele tem que estar atrás das grades, isso sim. É o quarto mandato dele, ele nunca se preocupou com segurança alguma. Ele está preocupado com projeto pessoal de poder, quer ser candidato a governador do Rio de Janeiro."

MDB e PP no centro das críticas

Entre os partidos citados pelos deputados estão o MDB, que comanda as Secretarias estaduais de Esportes e de Transportes, mas viu seus três vereadores votarem com o PSD de Paes; e o PP, que está há anos à frente da Secretaria estadual de Saúde, da Secretaria de Turismo e do IPEM, mas teve seus vereadores decisivos para a vitória de Paes.

O novo líder do governo na Alerj, Rodrigo Amorim, foi enfático: "É necessário de fato riscar o chão, porque não dá para admitir um pé em cada canoa de forma alguma. Não dá para admitir aqueles que querem mamar na teta da prefeitura, que querem mamar na teta do governo do estado."

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Por Jornal da República em 06/06/2025
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