Aumento de ataques de pitbull escancara necessidade urgente de controle de canis clandestinos

Casos recentes no Rio evidenciam falhas na fiscalização e exigem ação imediata dos órgãos públicos contra criação ilegal

Aumento de ataques de pitbull escancara necessidade urgente de controle de canis clandestinos

O Rio de Janeiro vive uma escalada preocupante de ataques de pitbulls que expõe de forma dramática a necessidade urgente de controle rigoroso sobre canis clandestinos.

O mais recente incidente ocorreu hoje no bairro de Campo Grande, somando-se a uma sequência alarmante de casos que têm colocado em risco a segurança da população carioca e evidenciado falhas graves no sistema de fiscalização.

Na semana passada, um transeunte que realizava caminhada matinal na praia de Botafogo foi brutalmente atacado por um pitbull, exigindo o resgate pelo Corpo de Bombeiros.

O episódio chocou moradores da Zona Sul e reacendeu o debate sobre a regulamentação da criação e posse desses animais. A frequência desses ataques tem se tornado um problema de segurança pública que não pode mais ser ignorado pelas autoridades competentes.

O caso mais grave ocorreu no início de julho, quando um pitbull atacou seu próprio tutor idoso, também no bairro de Botafogo. A situação extrema exigiu a intervenção de um policial militar que, para conter o ataque e salvar a vida da vítima, precisou atirar na cabeça do animal.

Este episódio ilustra de forma contundente como a falta de controle adequado pode resultar em tragédias que poderiam ser evitadas com fiscalização efetiva.

Especialistas em comportamento animal e profissionais do setor apontam que a raiz do problema está na proliferação de canis clandestinos que operam sem qualquer tipo de regulamentação ou controle sanitário.

Esses estabelecimentos ilegais, muitos dos quais utilizam redes sociais para comercializar filhotes, representam uma ameaça dupla: comprometem o bem-estar animal e colocam em risco a segurança pública ao não seguir protocolos adequados de criação e socialização.

A solução proposta por especialistas envolve uma fiscalização rigorosa dos órgãos públicos contra a venda em redes sociais de canis não legalizados, acompanhada de punições severas e multas substanciais.

Além disso, é fundamental implementar uma campanha de conscientização massiva para desencorajar a compra de cães provenientes de canis não legalizados, educando a população sobre os riscos envolvidos nessa prática.

Texto: Leo Ferreira, Instagram @leo_ferreira_adestramento 

Por Jornal da República em 07/08/2025
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