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Por Carolina Pimentel, Marina Xavier
A Barra da Tijuca, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, vive um ritmo muito acelerado. Nesse contexto, o Parque Natural Municipal Bosque da Barra foi criado em 1983, com o objetivo de preservar a área de restinga e a fauna local, em meio ao processo de urbanização. Geralmente é procurado para atividades ao ar livre, como caminhadas, ciclismo ou piqueniques, sendo considerado por muitos frequentadores como um refúgio, transmitindo tranquilidade e calmaria.
"Eu gosto muito do parque, venho aqui principalmente quando estou procurando tranquilidade, é um lugar que traz paz.", diz Larissa Cardoso, frequentadora do Bosque. Ela afirma que pela biodiversidade extremamente presente e pelas áreas de lazer oferecidas no local transmitem serenidade. “Quando chove, o caminho enche de lama. A estrutura é ótima, porém falta mais cuidado com esses detalhes do dia a dia.” A mesma ressalta que ainda falta cuidado na manutenção do lugar, em pontos específicos, como no percurso e na lagoa, que relata ter visto sujeiras na lagoa e sugere um melhor acabamento, a fim de deixar mais bonita e apresentável.

A jovem Larissa cardoso, frequentadora do Bosque da Barra — Foto: Marina Xavier
Fauna e flora
O Bosque da Barra oferece um ambiente natural para a observação da fauna e flora local, com trilhas para caminhada e áreas gramadas para piqueniques e atividades ao ar livre. Ele abriga uma rica biodiversidade que revela a importância ecológica da área, a fauna local é composta por diversos animais, como capivaras, saguis e bichos preguiças, além de répteis como os jacarés de papo amarelo, comuns nos lagos do parque.
O espaço também é refúgio para diversificadas aves, como o tiê sangue.
Já a flora é marcada principalmente pela vegetação de restinga, incluindo áreas de mata alagada e formações arbóreas e arbustivas. Entre as espécies vegetais, destaca se o pau-de-tamanco, que convive com os efeitos da variação do lençol freático e da seca dos lagos.
Seca dos lagos
“Durante a semana geralmente é vazio. Só nos feriados, final de semana, que fica mais cheio com criança, o pessoal faz piquenique lá embaixo. É muito legal." explica Arlindo Alves, também frequentador do parque. Ele detalha que visita o parque três vezes na semana, indo para caminhar durante seu horário de almoço ou levar o neto para passear aos finais de semana. "Antigamente era mais largado, mas tenho percebido uma mudança significativa. O espaço está mais limpo e as plantas estão mais bem podadas." Arlindo aponta que a infraestrutura do ambiente vem melhorando ao longo do tempo, adquirindo um alto potencial para atrair mais pessoas.
José da Silva, funcionário do Bosque da Barra há 15 anos, relembra que o local já recebeu um número muito maior de visitantes antes da pandemia. “Tinha dia que passavam mais de 3 mil pessoas por aqui, parecia até o calçadão de Madureira”, conta. Segundo ele, além dos impactos da pandemia, a degradação do lago também contribuiu para a queda no fluxo de visitantes, afastando frequentadores que buscavam contato com a natureza e espaços bem cuidados para lazer.
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