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O secretário de Estado dos Estados Unidos e conselheiro de segurança nacional, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo de Donald Trump deve anunciar novas ações contra o Brasil já na próxima semana. As declarações foram dadas em entrevista à emissora Fox News, durante visita a Jerusalém.
Segundo Rubio, as medidas serão uma resposta direta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Haverá uma resposta dos EUA a isso. Faremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, disse o chefe da diplomacia americana.
Pressão sobre o STF
Rubio não poupou críticas ao tribunal brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro. Em tom duro, acusou o Judiciário do país de perseguir o ex-presidente e de ultrapassar limites ao tentar impor sanções que afetariam inclusive cidadãos e empresas norte-americanas.
“O julgamento é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tenta atingir empresas americanas e até mesmo pessoas que operam fora dos Estados Unidos”, afirmou o secretário. Para ele, o Estado de Direito no Brasil estaria em processo de deterioração.
“Temos esses juízes ativistas – um em particular – que não só perseguiu Bolsonaro, aliás, como tentou realizar ações extraterritoriais contra cidadãos americanos ou contra alguém que postasse online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido”, completou.
Clima de tensão diplomática
As falas de Rubio aumentam a tensão entre Washington e Brasília, que já vinha se acentuando desde a decisão do STF contra Bolsonaro. A possibilidade de sanções ou outras medidas de caráter econômico e político representa um novo ponto de atrito na relação entre os dois países, em um momento em que o governo brasileiro tenta manter canais de diálogo abertos com a administração Trump.
Ainda não há detalhes sobre quais medidas serão anunciadas, mas o tom do secretário de Estado indica que a Casa Branca pretende dar maior visibilidade à pressão sobre o Supremo e, em especial, sobre Alexandre de Moraes.
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