Candidato a Presidente do PT de Caxias sofre ameaça de militante do grupo de Quaquá após denuciar compra de voto por 100 reais em debate do partido

Tensão no PT: Denúncia de compra de votos gera ameaça em debate partidário

Ameaça em debate do PT: Candidato denuncia intimidação após criticar compra de votos

Tensão marca eleições internas do partido em Duque de Caxias após denúncia de filiações em massa e oferta de R$ 100 por voto

Clima de confronto

Bruno Leonardo, candidato à presidência do diretório do PT em Duque de Caxias, registrou boletim de ocorrência nesta sexta-feira (6) após alegar ter sofrido ameaça de morte durante debate das eleições internas do partido. O incidente ocorreu quando Leonardo criticava o que chamou de "filiações em massa" promovidas pelo grupo político de Washington Quaquá, prefeito de Maricá.

"Você vai cair": Candidato do PT registra BO após ameaça de militante da chapa de Quaquá e Pansera em debate interno

Durante o debate realizado no "Comitê de Luta", Leonardo respondeu a uma pergunta sobre formação política feita por Ruth Alves, candidata da tendência CNB Favela, ligada a Quaquá.

Em sua resposta, ele classificou filiados sem formação política como "garrafinhas" - termo usado para descrever pessoas filiadas rapidamente apenas para votar. A declaração provocou forte reação entre apoiadores de Alves.

Denúncia de compra de votos

Na sequência do debate, Leonardo intensificou suas críticas ao afirmar que "custava a crer" que houvesse um grupo político "oferecendo R$ 100 por filiado". Embora não tenha citado nomes específicos, a acusação foi interpretada como direcionada ao grupo de Quaquá, que tem promovido expressivo aumento no número de filiados ao PT no estado.

Segundo Leonardo, entre novembro de 2024 e fevereiro deste ano, cerca de 80 mil novos filiados foram incorporados ao partido no Rio de Janeiro, em sua maioria pelo grupo de Quaquá. Atualmente, o PT fluminense conta com 320,7 mil filiados aptos a votar nas eleições internas.
Intimidação após o debate

Ao deixar o evento, Leonardo foi abordado por um filiado que, segundo o boletim de ocorrência, teria dito de forma agressiva: "você vai cair, você vai cair". O candidato interpretou a expressão como uma ameaça de morte, alegando que "cair", no contexto local, significaria morrer.

Os jornalistas Guilherme Amado e Tatiana Farah do Plato Br acompanharam o registro da ocorrência feito por Leonardo. O caso agora está sob investigação das autoridades policiais.

Posicionamento de Quaquá

Em resposta às críticas sobre o aumento expressivo no número de filiações, Washington Quaquá defendeu que o objetivo é transformar o partido novamente em uma agremiação de massas, ampliando sua base popular.

O episódio evidencia as tensões internas no PT fluminense às vésperas das eleições partidárias, com acusações graves que podem impactar o processo eleitoral interno e a imagem do PT do estado do Rio de Janeiro.

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