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Procedimentos Estéticos Não Cirúrgicos
Toxina botulínica (Botox): Líder entre tratamentos minimamente invasivos, representando 45,7% dos não-cirúrgicos (mais de 350 mil aplicações).
Preenchimentos com ácido hialurônico: Segundo mais comum, com 22,9% dos procedimentos não invasivos.
Bioestimuladores de colágeno e lifting facial não cirúrgico: Também ganham destaque no mercado, focando na harmonização facial, que é tendência dominante.
Rinomodelação: Procedimento não cirúrgico para corregir imperfeições no nariz vem crescendo em popularidade.
Laser ablativo e tratamentos de rejuvenescimento com laser: Amplamente procurados para remoção de manchas e melhora da textura da pele.
Contexto do Crescimento
O aumento desses procedimentos está associado a fatores culturais e econômicos: clima tropical favorece o uso de roupas que expõem mais o corpo, o que aumenta a busca por cuidados estéticos; a qualificação técnica dos cirurgiões plásticos brasileiros; e um turismo médico robusto, atraindo pacientes estrangeiros pela qualidade e custo-benefício 6. Ademais, o impacto das redes sociais e a valorização da autoestima têm forte influência no crescimento dos números.
Riscos dos Procedimentos Estéticos Realizados por Profissionais Não Habilitados
Segundo o Dr. Hugo Sabath, cirurgião plástico da Clínica Libria, a realização de procedimentos estéticos por profissionais não especializados ou não habilitados apresenta riscos graves à saúde do paciente. Entre as complicações mais comuns estão:
Infecções: Falta de técnicas assépticas adequadas pode levar a infecções graves, inclusive sistêmicas.
Reações alérgicas e necrose: Uso inadequado de materiais e substâncias não regulamentadas pode causar necrose (morte do tecido) e reações imunológicas que comprometem a integridade do tecido.
Resultados estéticos insatisfatórios: Profissionais sem formação acabam causando deformidades, assimetrias e cicatrizes visíveis.
Complicações sistêmicas e até risco de morte: Casos severos relatam embolias, deslocamento de substâncias injetáveis para locais indevidos e piora da saúde geral do paciente.
Ausência de suporte médico adequado: Em emergências, a falta de estrutura técnica e hospitalar pode ser fatal.
O Dr. Sabath ressalta que a segurança é garantida apenas com cirurgiões plásticos certificados, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que exigem residência médica e passam por rigorosa avaliação técnica e ética. A busca de profissionais não habilitados tem aumentado, impulsionada pela oferta de procedimentos mais baratos e a falsa impressão de simplicidade dos tratamentos, mas expõe os pacientes a complicações severas.
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