Colômbia nomeia trans para vice-ministério da Mulher

Decisão abre novo capítulo na disputa sobre gênero e política no país.

Colômbia nomeia trans para vice-ministério da Mulher

Brasil Paralelo

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, nomeou Charlotte Schneider Callejas como nova vice-ministra da Mulher no Ministério da Igualdade e Equidade. A decisão, publicada em decreto oficial nesta segunda-feira (18), rapidamente gerou debate político e social no país.

O ponto central da polêmica está na identidade de Schneider: uma mulher trans, de origem estrangeira, no posto criado para representar as mulheres colombianas.

A nomeação se soma à de Juan Carlos Florián Silva, atual ministro da Igualdade. Antes de assumir o cargo, ele trabalhava como ator pornô e  já vinha atraindo críticas pela forma como expunha sua vida pessoal em entrevistas.

Agora, com Schneider, duas das principais pastas do ministério ficam nas mãos de autoridades que dividem o país.

  • As minorias tomaram conta das pautas dos noticiários e das redes sociais, muito se fala sobre seus movimentos, mas pouco se diz sobre seus reais interesses. Assista agora ao episódio Geração sem Gênero.

Nas redes sociais e em setores políticos, a reação foi imediata.

A psicóloga Mónica Saade questionou a origem e o gênero da nova vice-ministra.

“Ela não é mulher nem colombiana... Quando caímos tanto?”

A escritora Cristina Martín Jiménez afirmou que a escolha “responde a uma agenda ideológica".

“Sob o pretexto da inclusão, mulheres reais são substituídas por figuras que respondem a uma agenda ideológica. Não se trata de expandir direitos, mas de apagar a voz feminina e colonizá-la com discursos pré-fabricados.”

Por outro lado, grupos feministas e organizações de direitos humanos celebraram o gesto.

Segundo eles, a presença de mulheres trans em cargos de liderança amplia a noção de representatividade e fortalece a agenda de diversidade.

Perfis nas redes sociais elogiaram Petro por “ousar” e colocar o governo na vanguarda da pauta inclusiva. Um deles escreveu:

“História em construção! Um passo ousado rumo à inclusão e à igualdade.”

Charlotte Schneider afirmou que pretende focar em políticas públicas voltadas à proteção das mulheres, com atenção também a grupos que costumam ter menos acesso a esse tipo de iniciativa.

A nomeação coloca Charlotte Schneider no alto escalão do Ministério da Igualdade e abre um novo capítulo no debate sobre a política de gênero na Colômbia.

  • Uma ativista feminista recebeu asilo na Europa após ser processada por chamar de homem um parlamentar que se identifica como mulher, com risco de até 25 anos de prisão. O caso gerou repercussão internacional, apoio da relatora da ONU Reem Alsalem e abriu debate sobre cultura woke e liberdade de expressão.

Por Jornal da República em 23/08/2025
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