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Em meio a uma operação da Polícia Federal que investiga possível desvio de emendas parlamentares, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) voltou a ser alvo de críticas públicas. Em comentário recente, o jornalista Josias de Souza afirmou que Lira ‘esqueceu de maneirar’ ao lidar com a distribuição e gestão de recursos orçamentários, sugerindo que a falta de controle pode agora provocar consequências para aliados e agentes envolvidos no caso.
A investigação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultou no desencadeamento da chamada Operação Transparência, que mira a ex-assessora de Lira, Mariângela Fialek, apontada pela PF como peça central no possível esquema de direcionamento irregular de emendas. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (12), incluindo gabinetes no Congresso em Brasília.
Segundo as autoridades, a ex-assessora — que já ocupou cargos responsáveis pela organização das emendas parlamentares — teria tido papel de destaque na operacionalização dos recursos durante o mandato de Lira como presidente da Câmara dos Deputados. Relatórios preliminares e depoimentos de parlamentares e servidores públicos sugerem atuação contínua na distribuição e possível redirecionamento dos valores, levados agora ao crivo da Polícia Federal.
Embora Lira não seja formalmente investigado na fase atual da operação, a ação da PF e as observações críticas de analistas políticos reacendem questionamentos sobre sua liderança e influência na destinação de verbas públicas. A movimentação também intensifica o debate sobre a transparência no uso das chamadas ‘emendas secretas’ ou emendas de relator, frequentemente criticadas por falta de critérios claros para sua alocação.
A assessoria do deputado ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas de Josias ou sobre os desdobramentos da operação em curso. A expectativa é que novas fases da investigação tragam mais detalhes sobre possíveis responsabilidades e atores envolvidos no esquema que, para muitos observadores políticos, evidencia o fragor de um poder concentrado sem mecanismos de fiscalização mais rigorosos.
Fonte: Uol
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