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Uma nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (06) indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém vantagem consistente sobre todos os potenciais adversários testados para a eleição de 2026. No cenário mais provável de segundo turno, Lula derrotaria Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por 51% a 36%, 15 pontos de diferença, ampliando a margem registrada no levantamento de julho.
A sondagem foi realizada entre terça (2) e quinta (4), com 2.002 entrevistas presenciais em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Bolsonaro e direita enfrentam rejeição elevada
Anunciado pelo pai como candidato oficial do bolsonarismo, Flávio aparece como o nome mais frágil entre os testados da direita. O senador sofre influência direta da rejeição ao clã: 38% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. Jair Bolsonaro, preso e inelegível após condenação por tentativa de golpe, lidera o índice de rejeição com 45%.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também tem desempenho ruim no Datafolha. Em simulação de segundo turno, o deputado perderia por 52% a 35%. Michelle Bolsonaro, por sua vez, aparece com o melhor índice dentro da família, mas ainda assim seria derrotada por 50% a 39%.
Governadores têm desempenho competitivo
Entre os nomes da direita fora do núcleo bolsonarista, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR) surgem como alternativas mais competitivas. Tarcísio perderia por 47% a 42%, enquanto Ratinho Jr. aparece com 41% contra 47% de Lula.
Apesar disso, ambos ainda são menos conhecidos nacionalmente e apresentam taxas de rejeição mais baixas — 20% no caso de Tarcísio e 21% no de Ratinho.
Primeiro turno mantém Lula na liderança
Nos cenários de primeiro turno, Lula mantém 41% das intenções de voto, independentemente do adversário mais forte. Flávio e Eduardo Bolsonaro aparecem empatados com 18%. Michelle Bolsonaro alcança 24%, enquanto Tarcísio marca 23%.
A pulverização dos candidatos de direita sugere que o campo conservador ainda não consolidou um nome capaz de rivalizar diretamente com o atual presidente.
Alerta no Planalto: rejeição de Lula é alta
Apesar da vantagem numérica, o governo Lula enfrenta um desafio expressivo: a rejeição ao presidente é de 44%, colada à de Bolsonaro. Além disso, a reprovação à gestão subiu para 38%, enquanto a aprovação permanece estável em 32%.
O cenário indica que, embora Lula entre em 2026 com vantagem, a disputa permanece aberta — e deve ser definida, novamente, na arena do segundo turno.
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