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Ser avó hoje em dia é uma experiência que não vem com manual de instruções, mas bem que poderia ter uma sitcom dedicada só a isso! É um verdadeiro espetáculo equilibrando atos de amor, caos e muita tecnologia. Imagine: de um lado, o autocuidado e a batalha contra o cansaço; do outro, cuidando da própria mãe, mantendo uma carreira, gerenciando a casa e, claro, sendo aquela avó incrível. Tudo isso enquanto o relógio te desafia como um escapista em Las Vegas.
Depois de vencer o câncer de mama e completar meu tour de cinco anos de bloqueio hormonal( concluirei em agosto próximo), pensei que os dias pesados tinham acabado — ledo engano! Agora, sou como uma atriz principal em um show de variedades da vida real, sem saber ao certo se a cena seguinte é um solo dramático ou uma comédia pastelão.
Minha vida atual parece uma partida acirrada de Jenga, onde cada bloco é uma responsabilidade: um para o casamento, outro para a carreira, alguns para cuidar da mãe... e, claro, aquele que eu realmente não posso derrubar, o dos netos! Rafael e Vicky, estou de olho em vocês, mesmo quando a torre ameaça desabar.
A cada novo dia, entre um café (ou três) e uma tentativa frustrada de reflexão de dois minutos, me pego pensando: quem precisa de Netflix quando a realidade te oferece um script digno de Emmy? Para tornar o enredo ainda mais interessante, eu, tecnicamente desafiada, resolvi me inscrever em um curso de Inteligência Artificial. Afinal, o que pode dar errado quando uma avó decide entender máquinas que já são mais espertas que ela?
Mas não é só tecnologia que me atrai. Também tenho interesse em pisar nos palcos do teatro de comédia, afinal, rir ainda é o melhor remédio e, se puder fazer os outros rirem das minhas trapalhadas, melhor ainda!
E, claro, entre sessões de musculação e spinning (ou tentativas de, enquanto sou interrompida pelos netos querendo brincar de astronautas na sala), ainda arrumo tempo para me engajar em causas importantes. Jogar as verdades na cara das fake news e lembrar ao governo que os judeus sobreviventes e suas gerações também importam é apenas uma maneira de manter minha veia ativista viva e pulsante.
Então, sim, ser avó hoje pode não ter o charme das avós de antigamente que faziam broa de milho nas tardes calmas da fazenda, mas garanto que é uma montanha-russa bem mais divertida. E no final do dia, mesmo com toda a bagunça e risadas, lembrar que Rafael e Vicky podem contar com a vovó nos torna protagonistas da melhor comédia da vida: a família.
Quem disse que a vida não é um palco? Basta apenas lembrar de respirar e de às vezes não levar tudo tão a sério...( eu me esforço) especialmente quando seus óculos de leitura foram substituídos por lentes durante a cirurgia de cataratas!
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