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Nos bastidores do poder, o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro já parece traçado. Após a condenação a 27 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, as discussões entre autoridades indicam dois caminhos possíveis: o presídio da Papuda, em Brasília, ou o cumprimento da pena em regime domiciliar.
Embora a decisão final dependa da análise de recursos, há um movimento discreto entre setores do Supremo Tribunal Federal e do governo do Distrito Federal para evitar choques institucionais e manifestações populares. A intenção é conduzir o processo de forma controlada, sem que a execução da pena se torne combustível político.
A hipótese mais provável é que Bolsonaro seja encaminhado inicialmente à Papuda, permanecendo ali por pouco tempo, antes de receber autorização para prisão domiciliar. Questões de saúde, segurança e estabilidade política são apontadas como fatores decisivos para a adoção desse modelo. O ex-presidente enfrenta problemas médicos desde a facada sofrida em 2018, o que reforça a avaliação de que o regime domiciliar seria mais adequado.
Entre integrantes do meio jurídico e político, há o entendimento de que o caso exige cautela. A prisão em regime comum poderia gerar forte repercussão e acirrar divisões no país, enquanto o cumprimento domiciliar reduziria riscos de confronto e manteria a integridade física do ex-mandatário.
O episódio é comparado ao do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que também chegou a ser preso antes de obter direito à prisão domiciliar — um precedente que, segundo analistas, pode influenciar a decisão sobre Bolsonaro.
Apesar da possibilidade de novos recursos por parte da defesa, cresce a percepção de que o desfecho já está desenhado. Entre a Papuda e a prisão domiciliar, o caminho do ex-presidente parece definido — faltando apenas a confirmação formal do Judiciário.
Fonte: Veja
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