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Disputa acirrada pelo comando do PT no Rio mobiliza multidões e divide lideranças históricas
A corrida pela presidência do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro atinge seu auge com manifestações que superaram expectativas de público, evidenciando a profunda divisão interna que marca o processo eleitoral previsto para 6 de julho.
No último sábado (17), o ato em apoio às candidaturas do deputado Reimont para o diretório estadual e de Edinho Silva para a presidência nacional lotou o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), transbordando para as ruas com a instalação de um caminhão de som para acomodar os milhares de apoiadores que não conseguiram acesso ao local.
A chapa de Reimont reúne figuras emblemáticas do partido, como a deputada federal Benedita da Silva, o ex-presidente da Alerj André Ceciliano, o líder da bancada na Câmara Federal Lindbergh Farias e o ex-ministro José Dirceu, além de lideranças de movimentos sociais como Marina e Maira do MST.
Em contrapartida, o grupo liderado pelo prefeito de Maricá, Washington Quaquá, candidato à presidência nacional, e seu filho Diego Zeidan, que disputa o comando estadual, também demonstrou força ao lotar o tradicional Circo Voador na última terça-feira. A mobilização foi tão expressiva que exigiu a instalação de um telão externo para os apoiadores que não conseguiram entrar.
"O PT sempre foi essa confusão aí, com tantas correntes que fica difícil o partido marchar unido. Historicamente, os dirigentes brigam mais entre si do que contra os opositores", avaliou um ex-dirigente petista que preferiu não se identificar.
A disputa pelo diretório municipal do Rio também está acirrada, com quatro candidatos na corrida: o vereador Leonel de Esquerda (alinhado a Reimont), o ex-presidente Alberes Lima (apoiado por Zeidan), além de Rubinho da Divinéia e Fátima Lima.
Analistas políticos apontam que, independentemente do resultado, a eleição deixará marcas profundas na unidade partidária. De um lado, o grupo de Quaquá aposta na força política e administrativa conquistada em Maricá, enquanto a chapa de Reimont destaca a representatividade histórica e a conexão com as bases do partido.
O confronto expõe não apenas divergências sobre os rumos do PT fluminense, mas também diferentes visões sobre a renovação e as práticas políticas dentro da legenda, em um momento crucial para o partido tanto no cenário estadual, como no nacional.

Elika Takimoto postou nas suas redes "Chegou a hora de construir o PT que o Rio merece e precisa.
Quero fazer desse momento um chamado à toda militância do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. O Processo de Eleição Direta (PED) já começou e é com muito orgulho que me reuni com figuras como Benedita da Silva, André Ceciliano, Lindbergh Farias, Reimont, Andrezinho Ceciliano, Tainá de Paula, Marina do MST, Leonel de Esquerda, Maíra do MST, Luciana Novaes e tatas outras companheiras e companheiros na construção de um campo amplo, que seja capaz de dar as respostas que nosso partido e militância tanto precisam.
Quero dizer que para chegar até aqui, com todas essas pessoas reunidas, foi necessário ter muita responsabilidade política. Devo confessar que fiquei surpresa quando meu nome surgiu como possível candidata à presidência do PT do estado do Rio de Janeiro. Imediatamente me coloquei à disposição das pessoas e políticos que acreditavam que eu,
Elika Takimoto, era a figura que melhor expressava e que mais aglutinava setores que tinham como missão resgatar e reerguer o PT. Nesse momento, embora a ideia de ser presidenta do PT no meu estado não tenha partido de mim, percebi que era hora de colocar nossas vaidades e desejos individuais de lado e ampliar.
Nesse espírito de crescimento e coletividade, decidi retirar meu nome e apoiar meus companheiros Reimont, para presidente do PT no estado do Rio, e Leonel de Esquerda, para presidente do PT carioca.
O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadores precisa voltar a encantar a população, precisa ser instrumento de transformação da vida do povo. Queremos um PT forte, convicto de seus ideais, que dialogue com os mais diversos setores sem perder a coerência, honrando sua trajetória. É preciso que o maior partido de esquerda da América Latina se firme como referência na garantia dos direitos das pessoas e seja visto como ferramenta de luta e emancipação da classe trabalhadora.
Por isso, companheiras e companheiros petistas, no dia 06 de julho peço que votem com esse espírito e nos ajudem a devolver para o estado do Rio o PT que ele merece e precisa. As chapas e candidatos que serão responsáveis por isso estão no comentário fixado."
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