Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A mais recente edição da revista The Economist, publicada nesta quinta-feira (28), trouxe o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua capa. A ilustração o transforma no famoso “Viking do Capitólio”, figura que se tornou símbolo da invasão ao Congresso norte-americano. A montagem ressalta a comparação entre o cenário político brasileiro e a instabilidade em outras democracias, especialmente nos Estados Unidos.
Com o título "O que o Brasil pode ensinar aos EUA", a reportagem destaca que o julgamento de Bolsonaro pela suposta trama golpista é um marco de amadurecimento institucional. A publicação afirma que, enquanto os Estados Unidos enfrentam retrocessos autoritários, protecionistas e corruptos, o Brasil dá sinais de firmeza democrática ao responsabilizar ex-autoridades que tentaram minar o Estado de direito.
O julgamento, previsto para 2 de setembro, é descrito como prova de que o país está disposto a defender suas instituições, mesmo diante de pressões políticas internas e externas. Para a revista, o processo representa independência e reforça o compromisso brasileiro com o regime democrático.
O texto também reconhece os desafios internos. O Supremo Tribunal Federal é apontado como um órgão de atuação ampla, o que gera críticas sobre a concentração de funções e a sobrecarga institucional. Apesar disso, a publicação ressalta que há um esforço coletivo entre atores políticos, incluindo adversários ideológicos, de respeitar as regras democráticas e promover reformas dentro da legalidade.
Ao traçar paralelo com a invasão do Capitólio, nos EUA, a revista enfatiza que, diferentemente de Donald Trump, que não foi responsabilizado, Bolsonaro enfrenta a Justiça. Essa postura, segundo a análise, coloca o Brasil como exemplo de maturidade democrática, ao mostrar que a lei se aplica mesmo em meio a polarizações e tensões políticas.
Fonte: Brasil247
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!