Eduardo Paes lidera com 35,5% e deixa adversários para trás na disputa estadual

Eduardo Paes consolida favoritismo e pode dispensar segundo turno no RJ

Eduardo Paes lidera com 35,5% e deixa adversários para trás na disputa estadual

Pesquisa Prefab mostra prefeito carioca com 35,5% das intenções de voto, distante dos demais candidatos que somam apenas 20,8%

O cenário político do Rio de Janeiro ganha contornos cada vez mais definidos a pouco mais de um ano das eleições de 2026. Pesquisa quantitativa do Instituto Prefab Future, divulgada nesta segunda-feira, revela que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, lidera com folga a corrida pelo governo estadual, registrando 35,5% das intenções de voto. O levantamento, realizado entre 12 e 16 de agosto com 1.001 entrevistas presenciais em todo o estado, aponta para uma possível vitória no primeiro turno.

Os números demonstram um cenário de ampla vantagem para Paes, que aparece isolado na liderança. O segundo colocado, Wladimir Garotinho, registra apenas 5,5% das intenções de voto, seguido por Washington Reis com 4,7% e Rodrigo Bacellar com 4,0%. A soma de todos os demais candidatos não ultrapassa os 21% alcançados pelos votos brancos e nulos, evidenciando a força política do atual prefeito carioca.

A fragmentação do cenário político fica evidente quando se observa que 22,7% dos entrevistados não souberam responder sobre suas preferências eleitorais. Fabiano Horta aparece com 2,5%, Wilson Witzel com 2,3% e Monica Benício com 1,8%, configurando um pelotão de candidatos com baixa expressão nas pesquisas. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

O diretor de pesquisas quantitativas Henrique Serra oferece uma análise precisa do momento político: "Ainda não apareceu um candidato com musculatura para enfrentar Eduardo Paes, que segue bem descolado dos demais. A indefinição sobre o candidato da direita deixa Paes em águas calmas por enquanto". Esta avaliação sugere que a ausência de uma candidatura forte de oposição tem facilitado a consolidação da liderança do prefeito carioca.

No quesito rejeição, Wilson Witzel lidera negativamente com 21,1%, seguido pelo próprio Eduardo Paes com 18,6%. Estes números indicam que, apesar da liderança confortável, Paes ainda enfrenta resistências significativas no eleitorado fluminense. João Nonato, diretor de análise de dados da Prefab Future, pondera que "os números reforçam o protagonismo de Eduardo Paes na disputa pelo governo, mas também revelam um eleitorado fragmentado, com muitos indecisos e alta rejeição".

O cenário presidencial também foi contemplado na pesquisa, mostrando Lula na liderança com 25,4%, seguido por Tarcísio de Freitas com 13,7%. Ratinho Júnior aparece com 4,4%, Ronaldo Caiado com 2,7% e Romeu Zema com 2,1%. Chama atenção o alto percentual de brancos e nulos (28,4%) e de indecisos (23,3%), sinalizando incertezas no cenário nacional.

A avaliação dos governos atuais revela dados contrastantes. O governador Cláudio Castro registra 30,3% de aprovação contra 37,1% de desaprovação, enquanto o presidente Lula tem apenas 25,5% de aprovação no estado do Rio, contra expressivos 61,1% de desaprovação. Serra interpreta estes números de forma categórica: "A reprovação ao governo Lula no estado do Rio, de 61,1%, mostra que ele não é um bom cabo eleitoral nesse momento".

A metodologia da pesquisa seguiu critérios rigorosos, com entrevistas presenciais em pontos de fluxo sorteados aleatoriamente em diferentes regiões do estado. A amostra respeitou cotas de sexo, idade, grau de instrução e renda domiciliar, sendo os dados ponderados a partir do IBGE e do TSE. Esta robustez metodológica confere maior credibilidade aos resultados apresentados.

O levantamento indica que Eduardo Paes construiu uma posição privilegiada no cenário político fluminense, aproveitando-se da fragmentação da oposição e da ausência de candidaturas competitivas. Sua experiência administrativa, tanto como prefeito quanto ex-prefeito do Rio, parece ter consolidado uma base eleitoral sólida que transcende os limites da capital.

A pesquisa também revela aspectos importantes sobre o comportamento do eleitorado fluminense. O alto percentual de indecisos e a significativa rejeição ao governo federal sugerem um eleitorado em busca de alternativas políticas. Neste contexto, a liderança de Paes pode ser interpretada como uma resposta a esta demanda por renovação e competência administrativa.

Os dados apontam para um cenário eleitoral que, embora ainda distante, já apresenta tendências claras. A consolidação da liderança de Eduardo Paes, combinada com a fragmentação da oposição, desenha um quadro favorável ao prefeito carioca. No entanto, como bem observou João Nonato, "ainda há espaço para movimentação política até 2026", indicando que mudanças significativas podem ocorrer no cenário eleitoral.

A pesquisa do Instituto Prefab Future oferece um retrato detalhado do momento político fluminense, evidenciando não apenas as preferências eleitorais, mas também as percepções sobre os governos atuais. Os resultados sugerem que Eduardo Paes conseguiu se posicionar como uma alternativa viável e competitiva, aproveitando-se tanto de sua experiência administrativa quanto das fragilidades de seus potenciais adversários.

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Por Jornal da República em 19/08/2025
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