Entre denúncia e sobrevivência: Fala Mulher! promove escrita de mulheres contra a violência de gênero

Oficina gratuita conduzida pela atriz e escritora Beatriz Aquino está marcada para o dia 28 de novembro em Andradas, MG

Entre denúncia e sobrevivência: Fala Mulher! promove escrita de mulheres contra a violência de gênero

Em um cenário ainda alarmante para as mulheres no Brasil e no mundo, a atriz, escritora e dramaturga Beatriz Aquino realiza, no próximo dia 28 de novembro na Biblioteca Pública Municipal Délia Maria Risso de Souza, em Andradas (MG), uma oficina do projeto  “Fala, Mulher! – Itinerância sobre narrativas femininas”

A atividade ganha força ao dialogar com o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de novembro), data que marca o início dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha mundial que segue até 10 de dezembro, quando se celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Escrita como denúncia e sobrevivência

Relatórios internacionais apontam que mais de 51 mil mulheres foram mortas por parceiros ou familiares em 2024 em todo o mundo. No Brasil, dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam uma redução de 5,07% nas mortes violentas de mulheres entre 2023 e 2024 -  porém, o país segue entre os mais perigosos para mulheres e meninas, e pesquisas mostram que 87% da população percebe aumento na violência doméstica após a pandemia.

É nesse contexto que o projeto chega às bibliotecas públicas para fortalecer narrativas femininas, criando espaços seguros de fala e escrita. Em cada cidade, a programação inclui a roda de conversa “A literatura como ferramenta de denúncia e transformação” e a oficina “Narrativas Femininas”, que propõe exercícios de escrita de si como forma de testemunho, proteção, cura e resistência.

“A palavra é arma e abrigo. A escrita pode ser o primeiro passo para romper silêncios, nomear violências e reconstruir nossas histórias. Onde a voz falha, a literatura resiste”, afirma Beatriz Aquino.

A oficina é gratuita e aberta a todas as mulheres (cis, trans e pessoas não binárias), com prioridade para mulheres a partir de 16 anos. O projeto também conta com acessibilidade em LIBRAS e monitoria infantil, buscando garantir que mães e cuidadoras possam participar.

Uma obra que emerge das águas - e das fissuras

A itinerância parte do romance Fundo (Laranja Original, 2023), em que Beatriz Aquino mergulha na memória, no trauma e na sobrevivência de uma mulher que, como tantas brasileiras, atravessa violências íntimas e estruturais, buscando respirar entre profundidades e superfícies.

A água, elemento simbólico central do livro, funciona como metáfora de afogamento e renascimento, dor e expansão - imagem potente para pensar mulheres que lutam contra ciclos de violência e, ao mesmo tempo, criam novos modos de existir.

Beatriz também revisita esse universo no monólogo Recortes – A mulher e seu corpo público, apresentado em diferentes regiões do país, que tensiona a exposição e o julgamento feminino na sociedade brasileira, escancarando a violência simbólica e física que recai sobre corpos femininos.

Cultura, mobilização e política pública

“Fala, Mulher!” é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura / Sistema Nacional de Cultura / Ministério da Cultura – Governo Federal, reafirmando o papel das políticas públicas na democratização do acesso à leitura, da escuta sensível e da construção coletiva de redes de apoio e denúncia.\

Equipe de realização

Beatriz Aquino (artista) • Dani Vilas Boas (produção executiva) • Andressa Rodrigues (monitoria infantil) • Grazi Ferreira (fotografia) • Jéssica Balbino (assessoria de imprensa e comunicação)


 

Serviço

???? Andradas
???? 28 de novembro, às 14h
???? Biblioteca Pública Municipal Délia Maria Risso de Souza

???????? Público prioritário: mulheres cis/trans e pessoas não-binárias (16+)
???? Atividade gratuita
? LIBRAS e acessibilidade de conteúdo
???????? Monitoria infantil disponível

Em um cenário ainda alarmante para as mulheres no Brasil e no mundo, a atriz, escritora e dramaturga Beatriz Aquino realiza, no próximo dia 28 de novembro na Biblioteca Pública Municipal Délia Maria Risso de Souza, em Andradas (MG), uma oficina do projeto  “Fala, Mulher! – Itinerância sobre narrativas femininas”

A atividade ganha força ao dialogar com o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de novembro), data que marca o início dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha mundial que segue até 10 de dezembro, quando se celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Escrita como denúncia e sobrevivência

Relatórios internacionais apontam que mais de 51 mil mulheres foram mortas por parceiros ou familiares em 2024 em todo o mundo. No Brasil, dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam uma redução de 5,07% nas mortes violentas de mulheres entre 2023 e 2024 -  porém, o país segue entre os mais perigosos para mulheres e meninas, e pesquisas mostram que 87% da população percebe aumento na violência doméstica após a pandemia.

É nesse contexto que o projeto chega às bibliotecas públicas para fortalecer narrativas femininas, criando espaços seguros de fala e escrita. Em cada cidade, a programação inclui a roda de conversa “A literatura como ferramenta de denúncia e transformação” e a oficina “Narrativas Femininas”, que propõe exercícios de escrita de si como forma de testemunho, proteção, cura e resistência.

“A palavra é arma e abrigo. A escrita pode ser o primeiro passo para romper silêncios, nomear violências e reconstruir nossas histórias. Onde a voz falha, a literatura resiste”, afirma Beatriz Aquino.

A oficina é gratuita e aberta a todas as mulheres (cis, trans e pessoas não binárias), com prioridade para mulheres a partir de 16 anos. O projeto também conta com acessibilidade em LIBRAS e monitoria infantil, buscando garantir que mães e cuidadoras possam participar.

Uma obra que emerge das águas - e das fissuras

A itinerância parte do romance Fundo (Laranja Original, 2023), em que Beatriz Aquino mergulha na memória, no trauma e na sobrevivência de uma mulher que, como tantas brasileiras, atravessa violências íntimas e estruturais, buscando respirar entre profundidades e superfícies.

A água, elemento simbólico central do livro, funciona como metáfora de afogamento e renascimento, dor e expansão - imagem potente para pensar mulheres que lutam contra ciclos de violência e, ao mesmo tempo, criam novos modos de existir.

Beatriz também revisita esse universo no monólogo Recortes – A mulher e seu corpo público, apresentado em diferentes regiões do país, que tensiona a exposição e o julgamento feminino na sociedade brasileira, escancarando a violência simbólica e física que recai sobre corpos femininos.

Cultura, mobilização e política pública

“Fala, Mulher!” é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura / Sistema Nacional de Cultura / Ministério da Cultura – Governo Federal, reafirmando o papel das políticas públicas na democratização do acesso à leitura, da escuta sensível e da construção coletiva de redes de apoio e denúncia.\

Equipe de realização

Beatriz Aquino (artista) • Dani Vilas Boas (produção executiva) • Andressa Rodrigues (monitoria infantil) • Grazi Ferreira (fotografia) • Jéssica Balbino (assessoria de imprensa e comunicação)


 

Serviço

???? Andradas
???? 28 de novembro, às 14h
???? Biblioteca Pública Municipal Délia Maria Risso de Souza

???????? Público prioritário: mulheres cis/trans e pessoas não-binárias (16+)
???? Atividade gratuita
? LIBRAS e acessibilidade de conteúdo
???????? Monitoria infantil disponível


 

Por Notícias do Rio em 25/11/2025
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