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Governador de Goiás: Caiado defende operações de guerra contra facções e critica STF por decisão em APDF que ajudou a criar 'área livre para drogas e traficantes' no Rio
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, saiu em defesa de uma legislação rigorosa contra as facções criminosas após participar de reunião no Salão Verde da Câmara dos Deputados para discutir o marco legal antifacção.
Em entrevista exclusiva ao Ultima Hora, o gestor estadual foi categórico ao afirmar que o país precisa de "uma legislação dura e forte" para combater as organizações criminosas, criticando projetos que possam ser apenas "água com açúcar".
Caiado, que transformou Goiás no estado mais seguro do Brasil segundo seus dados, trouxe sua experiência prática para o debate nacional sobre segurança pública. O governador enfatizou que sem segurança não há governabilidade, citando os avanços conquistados em seu estado nas áreas de educação, tecnologia e transparência pública.
A declaração ocorre em momento crucial para a aprovação do relatório do deputado Guilherme Derrite, que pode definir os rumos do combate ao crime organizado no país.
Durante a entrevista, Caiado revelou dados alarmantes sobre a nacionalização das facções criminosas, informando que 70% dos mortos em operações no Rio de Janeiro eram oriundos de outros estados. Segundo o governador, isso demonstra que as organizações criminosas operam em escala nacional, "exportando mão de obra de vagabundo" entre diferentes regiões do país.
A informação evidencia a complexidade do problema enfrentado pelas forças de segurança, que não se limita mais a territórios específicos, mas configura uma rede nacional de criminalidade.
O gestor goiano comparou os números de mortes em diferentes estados, citando que enquanto no Rio foram registradas cerca de 120 mortes em operações recentes, na Bahia o número chegou a 1.200 vítimas em seis meses. Na Amazônia, segundo Caiado, a situação é ainda mais grave, com facções controlando territórios e atividades econômicas ilegais.
No Ceará, o governador relatou que cidades inteiras estão sendo abandonadas, transformando-se em "cidades fantasma" devido ao domínio das organizações criminosas.
O governador foi enfático ao defender as megaoperações policiais, argumentando que quando as forças de segurança são atacadas com granadas e bombas, devem responder "à altura".
Caiado justificou a reação policial como legítima defesa, destacando que não viu policiais iniciando confrontos com armamento pesado, mas sim respondendo a ataques de faccionados.
A declaração surge em meio ao debate sobre os métodos empregados nas operações de segurança, especialmente após as ações no Complexo da Maré e outras comunidades do Rio de Janeiro. Para o governador, o enfrentamento direto é inevitável quando as organizações criminosas desafiam abertamente o poder público e atacam agentes do Estado.
A posição de Caiado reflete uma visão mais linha-dura sobre o combate ao crime organizado, contrastando com abordagens que priorizam métodos menos ostensivos. O gestor estadual defende que a resposta do Estado deve ser proporcional à ameaça representada pelas facções.
Caiado também criticou decisões judiciais que, segundo ele, criaram "áreas de livre comércio da droga" no Rio de Janeiro. O governador se referiu à decisão que impedia a polícia de subir em determinadas comunidades sem ordem judicial, o que teria atraído criminosos de outros estados para a capital fluminense.
Segundo sua análise, essa medida judicial criou um "santuário" para o Comando Vermelho, permitindo que a organização expandisse suas atividades sem interferência policial. A crítica do governador goiano reflete tensões entre os poderes Executivo e Judiciário sobre as estratégias de combate ao crime organizado.
Para Caiado, decisões judiciais restritivas podem inadvertidamente favorecer as organizações criminosas, criando zonas onde o Estado não consegue exercer sua autoridade. A questão levanta debates sobre o equilíbrio entre direitos fundamentais e necessidades de segurança pública. O governador defende que mudanças nas regras permitiram operações mais efetivas, mas criminosos já haviam se estabelecido na região durante o período de restrições.
A experiência de Goiás foi apresentada por Caiado como modelo para o país, destacando a transformação de um estado "totalmente tomado pelas facções" no mais seguro do Brasil. O governador atribuiu os avanços em educação, tecnologia e desenvolvimento econômico à base sólida da segurança pública, argumentando que sem ela não há condições para progresso em outras áreas.
Segundo Caiado, a segurança efetiva permite que cidadãos morem onde desejam, tenham seguros mais baratos e atraiam investimentos industriais sem ameaças criminosas. O modelo goiano inclui transparência nos gastos públicos e uso de inteligência artificial, mas sempre alicerçado no controle da criminalidade.
Para o governador, a presença efetiva do Estado gera otimismo na população e cria ambiente propício para desenvolvimento econômico e social. A estratégia combina repressão qualificada com investimentos em tecnologia e gestão transparente, criando ciclo virtuoso de segurança e desenvolvimento. O sucesso de Goiás é apresentado como prova de que é possível vencer as organizações criminosas com políticas adequadas.

Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Editor do Ultima Hora Online e Jornal da República, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex- Secretário Municipal de Receita de Itaperuna-RJ, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ
Por Robson Talber @robsontalber
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