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O renomado narrador esportivo José Carlos Araújo, conhecido carinhosamente como "Garotinho", marcou presença na 14ª edição do Troféu AIB de Imprensa, realizada no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort.
Durante entrevista exclusiva, o veterano comunicador destacou a importância do evento organizado por Manuel Lopes para reunir profissionais da imprensa que ficaram afastados durante a pandemia.
"Há muitos anos a gente recebia permanentemente troféu, diploma, medalhas e, de repente, a pandemia nos afastou. Mas o Manuel Lopes consegue através da AIB reunir os amigos, reunir aqueles que não se veem há muito tempo", declarou Garotinho, emocionado com os reencontros proporcionados pela cerimônia.
O narrador destacou especialmente o encontro com Genilson, colega com quem trabalhou durante anos na Rádio Globo.
A noite foi particularmente especial para José Carlos Araújo, que teve a honra de entregar o troféu de "Grande Ídolo do Futebol Brasileiro" a Zico.
Durante a cerimônia, o narrador revelou detalhes inéditos sobre a descoberta do futuro craque flamenguista, numa história que remonta há mais de cinco décadas e que poucos conhecem nos bastidores do futebol brasileiro.
A descoberta de um gênio aos 14 anos
Em relato emocionante, Garotinho contou como presenciou os primeiros passos de Zico no Flamengo quando o jovem tinha apenas 14 anos de idade.
"Eu conheço o Zico quando ele tinha 14 anos de idade, quando ele foi fazer o primeiro treinamento no Flamengo", revelou o narrador, que estava começando sua carreira na Rádio Globo na época.
A história ganha contornos ainda mais interessantes quando José Carlos revela que foi Celso Garcia, locutor da Rádio Globo, quem levou Zico para o Flamengo. "Quem o levou pro Flamengo, Celso Garcia, era locutor da Rádio Globo e eu estava começando na Rádio Globo, levado pelo Celso.
E o Celso tinha orgulho de ter descoberto o Galinho", contou, destacando a conexão entre o rádio e a descoberta de talentos no futebol.
O nascimento de uma lenda
Segundo Garotinho, a primeira impressão de Zico não foi das melhores. "O Zico era muito magrinho. Nos primeiros treinos lá, ninguém acreditava que aquele cara fosse jogar bola", relembrou o narrador.
Porém, bastou colocar o jovem franzino em campo para que o talento se revelasse de forma espetacular: "De repente botaram o magrinho para jogar, rapaz. Ele estraçalhou, fez gol no treino".
O apelido "Galinho" também tem uma origem curiosa, revelada por José Carlos Araújo. "Quem deu o apelido de Galinho foi o Valdir Amaral, porque ele era lourinho, usava o cabelo todo arrepiadinho e o Galinho ficou a marca registrada deste ser humano", explicou, mostrando como pequenos detalhes se transformam em marcas eternas no futebol.
Reconhecimento universal
Para Garotinho, Zico transcendeu as barreiras clubísticas e se tornou um ídolo respeitado por torcedores de todos os times. "Nota 10, o maior ídolo do Flamengo de todos os tempos e até hoje reverenciado, não apenas por quem é rubro-negro, mas por torcedores de todos os clubes", afirmou o narrador, citando como exemplo a recente conquista do Carioca pelo Flamengo, quando todo o estádio reverenciou Zico levantando o troféu.
Rádio Tupi: liderança no esporte
Durante a entrevista, José Carlos Araújo também falou sobre o sucesso da Rádio Tupi, onde atualmente comanda a cobertura esportiva ao lado de Penido. "Rádio Tupi hoje é líder de audiência no esporte", declarou com orgulho, explicando que uma pesquisa recente mostrou a emissora em primeiro lugar em todas as comunidades do Rio de Janeiro.
O segredo do sucesso, segundo Garotinho, está na capacidade da rádio de unir diferentes classes sociais através do futebol. "O maior desafio no futebol é você alcançar o público AB e o público DE, porque o futebol une o rico com o pobre, ele se identifica igual ao carnaval, é o único segmento que consegue fazer isso", explicou, comparando o futebol ao carnaval como fenômenos de unificação social.
O futuro do rádio na era digital
José Carlos Araújo demonstrou otimismo em relação ao futuro do rádio, mesmo com o avanço de novas tecnologias. "Rádio tá no coração da gente e não vai desaparecer nunca", afirmou categoricamente.
O narrador lembrou que, quando surgiu a televisão, muitos previram o fim do rádio, mas a internet acabou se tornando uma aliada poderosa do meio.
"A internet hoje é uma ferramenta muito importante para nós do rádio. É comum eu estar transmitindo o futebol, interagindo com o ouvinte em Israel, na Europa, em outros países, até em outros continentes, exatamente por causa da internet", revelou, mostrando como a tecnologia expandiu o alcance das transmissões radiofônicas para além das fronteiras nacionais.
Confraternização e reconhecimento
O Troféu AIB de Imprensa se consolidou como um momento importante de confraternização para profissionais de diferentes segmentos da comunicação.
"A gente trabalha no segmento esportivo, mas convive com todos esses amigos da televisão, do jornal e hoje da internet, que é uma mídia muito forte", destacou Garotinho, enfatizando a importância do reconhecimento mútuo entre profissionais da área.
Para José Carlos Araújo, eventos como este são fundamentais para valorizar "o trabalho daqueles que fazem o dia a dia da imprensa, seja qual segmento for, no rádio, no jornal ou na televisão".
A emoção demonstrada pelo veterano narrador ao reencontrar colegas de profissão reflete a importância desses momentos de união e reconhecimento no meio jornalístico brasileiro.

Por Robson Talber @robsontalber Repórter Oscar Muller @oscarmulleroficial
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