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Durante a cerimônia de abertura da 26ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada nesta terça-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo enfático por mais diálogo político entre os entes federativos e os poderes da República. O evento, promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), reúne prefeitos e gestores de todo o país para discutir os desafios da administração municipal.
Em seu discurso, Lula defendeu que os conflitos entre prefeitos, governadores, parlamentares e o governo federal devem ser resolvidos prioritariamente por meio da negociação. “É preciso que a gente aprenda de uma vez por todas que os problemas que nós temos deveriam ser resolvidos em uma mesa de negociação, e não no Judiciário”, declarou.
O presidente ressaltou que a judicialização deve ser o último recurso, utilizado apenas quando não houver mais possibilidades de entendimento político. “As coisas só podem ir para o Judiciário quando a nossa capacidade política for exaurida, quando a gente se demonstrar incapaz de continuar em uma mesa de negociação tentando encontrar uma negociação pacífica”, reforçou Lula.
Respeito institucional e equidade no atendimento aos municípios
Lula também reafirmou o compromisso do governo federal com uma atuação institucional que respeite a diversidade política. Segundo ele, prefeitos e governadores são atendidos com base em critérios técnicos e sociais, e não por questões partidárias.
“Duvido que tenha um prefeito de qualquer partido que um dia possa dizer que ele não foi atendido no governo por causa da sua filiação partidária. Isso não existe no meu governo”, enfatizou. Como exemplo, citou o programa PAC Seleções, que investe em habitação e contempla todas as cidades com base nas necessidades locais. “O que está em jogo é a necessidade dos moradores de cada cidade, que precisam de casa”, acrescentou.
Ministros apresentam ações para os municípios
Ao comentar a programação da Marcha, Lula afirmou que os detalhes das ações do governo federal seriam apresentados pelos 25 ministros presentes ao evento. Ele ressaltou que cada pasta deve esclarecer o que tem feito e o que pretende entregar aos municípios até o fim do mandato.
“Acho que é correto e louvável que o ministro, quando vier aqui, diga com muita exclusividade o que cada um está fazendo ou o que vai fazer até o final do nosso mandato para atender as demandas que foram feitas pelas prefeituras”, afirmou.
Na ocasião, o presidente elogiou a nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacando sua habilidade de diálogo e sensibilidade com as demandas dos municípios — algo reconhecido publicamente por Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
Olhar diferenciado para municípios do interior e capitais
Lula também abordou as diferenças entre as realidades vividas por municípios do interior e das grandes capitais, especialmente em temas como a política tributária. Segundo ele, essas disparidades precisam ser levadas em consideração nas decisões nacionais.
“A realidade entre as cidades do interior e a capital normalmente são muito diferentes”, observou.
Encerrando sua fala, o presidente disse acreditar que ainda há tempo para aprimorar a relação entre o governo federal e os municípios. “Tenho mais um ano e meio de mandato e acho que esse encontro é a possibilidade de a gente mudar um pouco nosso comportamento”, concluiu.
Fonte: Brasil247
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