Manifestação contra Alexandre de Moraes reúne conservadores em frente à Câmara do Rio nesta segunda

Organizada pelo vereador Rafael Satiê (PL), a manifestação “Fora Moraes” acontece nesta segunda-feira (5), a partir das 19h, na Cinelândia, em frente à Câmara Municipal do Rio.

O ato protesta contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e é convocado por parlamentares e lideranças conservadoras que têm denunciado, nos últimos meses, o que chamam de censura, autoritarismo judicial e perseguição a opositores do governo Lula.

A convocação pública, feita pelas redes sociais de Satiê, ocorre no auge da insatisfação da direita com o STF, em especial com a atuação de Alexandre de Moraes.

O estopim foi a decisão do ministro que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro, na última segunda (4), sob acusação de descumprir medidas cautelares determinadas após operação da Polícia Federal. 

Satiê reagiu com indignação nas redes e confirmou a convocação do ato como “resposta à perseguição política contra quem representa milhões de brasileiros”. Para o vereador, o STF tem ultrapassado os limites constitucionais ao cercear liberdades, censurar falas e restringir movimentações do ex-presidente.

Em seu primeiro mandato na Câmara, o vereador tem se destacado por iniciativas em defesa da liberdade de expressão, da pauta anticorrupção e da base evangélica.

Satiê apresentou, ainda, o projeto de lei que institui o “Dia da Lei Global Magnitsky” no calendário oficial do Rio — data internacional que simboliza a luta contra abusos de poder e violações de direitos humanos.

O protesto desta terça dialoga diretamente com o ambiente político pós-manifestações de Copacabana, realizadas no último domingo (3), que reuniram milhares de pessoas em apoio a Jair Bolsonaro e contra o que classificam como abuso de autoridade do Judiciário.

A participação do governador Cláudio Castro, de deputados estaduais do PL como, Thiago Gagliasso, Douglas Gomes e Alan Lopes, além de figuras do Congresso, como Carlos Jordy (PL-RJ), deu força ao movimento e ampliou o clima de mobilização conservadora no Estado.