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Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em condição de anonimato, alertou neste domingo (21) que qualquer tentativa de transferir o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para outro estado com o objetivo de escapar de um eventual processo de cassação será encarada como manobra ilegal e poderá acarretar consequências judiciais tanto para o parlamentar quanto para o governador envolvido.
A movimentação ocorre após rumores nos bastidores políticos indicarem que ao menos dois governadores — entre eles Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina — estariam dispostos a facilitar a mudança de domicílio eleitoral de Eduardo, abrindo caminho para sua candidatura por outro estado, caso seja cassado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O STF considera que tal ação poderia configurar fraude à lei eleitoral e abuso de poder político, o que abriria espaço para ações judiciais, inclusive de ordem criminal, contra os envolvidos. O entendimento dentro da Corte é de que a tentativa de “blindagem” de Eduardo Bolsonaro não apenas distorce os princípios republicanos como compromete a lisura do processo eleitoral.
Eduardo Bolsonaro está na mira da Justiça e do Congresso por sua atuação durante os episódios que antecederam os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar, segundo investigação da Polícia Federal, teria atuado ativamente na disseminação de teorias conspiratórias contra o sistema eleitoral e apoiado articulações para impedir a posse do presidente Lula.
A sinalização do Supremo reforça o tom de alerta sobre a gravidade do caso. “Se algum governador se prestar a esse papel, terá de responder não só politicamente, mas também judicialmente”, afirmou o magistrado do STF sob reserva.
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