Motoboy é agredido por estudante em porta de escola na Barra da Tijuca

A briga teve início com um desentendimento na conclusão de uma corrida por aplicativo

Motoboy é agredido por estudante em porta de escola na Barra da Tijuca

Um aluno de 17 anos e um motoboy brigaram após um desentendimento no fim de uma corrida solicitada por aplicativo. A confusão aconteceu na sexta-feira (23), do lado de fora do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A Polícia Civil investiga o caso.

Segundo relatos, a namorada do estudante havia solicitado a entrega de um objeto por meio da plataforma. Ao chegar à escola para fazer uma prova, ela pediu que o namorado recebesse a encomenda. No local, o jovem encontrou o motoboy e o desentendimento teve início.

O pai do estudante, que se identifica como sargento da Polícia Militar, Juan Carlos Costa, comentou o caso em um vídeo publicado nas redes sociais. No registro, ele aparece ao lado do filho e diz que a corrida já havia sido paga, mas o entregador exigiu o código de validação gerado pela plataforma.

O rapaz alegou não saber qual era o código, pois o pedido havia sido feito pela namorada. 

Ainda segundo o relato do pai, com a recusa do código, o motoboy teria se negado a concluir a entrega enquanto aguardava a informação. O estudante, então, teria puxado a chave da motocicleta. O motociclista desceu do veículo para recuperá-la, e a briga começou.

“Ele (motoboy) ficou virado no samurai, desceu da moto e tentou agredir o meu filho. Só que ele não achou que o garoto que ele ia bater era o meu filho”, diz o pai em um dos trechos. Ainda segundo o PM, o valor da corrida foi cobrado duas vezes.

Vídeos gravados por testemunhas mostram o momento da agressão. Com o capacete na cabeça, o motoboy é atingido com chutes e socos pelo estudante. Durante a confusão, o capacete dele cai no chão.

Versão do motoboy

O motoboy também se manifestou nas redes sociais. Ele afirmou que a cliente enviou o código de validação em visualização única, mas o estudante teria esquecido o número. 

“Tentamos entrar em contato com ela via WhatsApp, mensagem pelo aplicativo, ligações, mas não houve retorno. Se passaram 40 minutos, e eu falei pra ele que tinha que solicitar o pagamento de R$ 17 pelo tempo perdido, que eu ia retornar com o produto para devolvê-la”, esclareceu. 

Depois disso, o motociclista confirmou que teve a chave puxada pelo estudante. “Aí, após isso, ele pegou a chave da minha moto, segurou. Eu puxei de volta e ele me empurrou na moto. Coloquei no descanso e, quando fui dar a volta, começaram as agressões”, diz a vítima, com o rosto marcado. 

O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca). De acordo com a Polícia Civil, os envolvidos foram ouvidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames. Ainda conforme a instituição, os agentes realizam outras diligências para esclarecer os fatos.

A Secretaria Estadual de Educação lamentou o caso e informou que o incidente foi relatado no RVE (Registro de Violência Escolar).

Embora o caso citado tenha acontecido fora da escola, a direção da unidade deu todo o suporte acionando a patrulha escolar, a polícia militar e chamando o pai do estudante”, afirmou, em nota.

A Polícia Militar também foi questionadas sobre o caso. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto.

Via Agenda do Poder

Por Jornal da República em 28/05/2025
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