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“Recebemos em nossa casa para jantar, o Deputado Hugo Motta, Presidente da Câmara Federal. Hugo tem se revelado uma grande liderança, dedicado às causas do Brasil. O empresariado aplaude sua postura, equilíbrio e firmeza. O País espera gestões públicas eficientes e comprometidas com o controle fiscal. Parabéns Hugo Motta” (João Doria) | Imagem reprodução Instagram/@jdoriajr
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), participou de um jantar na casa do ex-governador João Doria com 50 empresários, sinalizando apoio do setor financeiro à sua oposição a aumentos de impostos propostos pelo governo Lula. Motta, criticado pelo PT por “priorizar os ricos”, articulou no Congresso a derrubada de decretos que elevariam o IOF, dificultando o financiamento de programas sociais. O evento reforça sua aliança com o empresariado e sua influência política, enquanto crescem críticas sobre falta de transparência nas emendas parlamentares, tema que mobiliza o STF e gera tensão entre Executivo e Legislativo>>
Em meio a tensões com o governo Lula, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), participou de um jantar na casa do ex-governador João Doria, em São Paulo, com 50 influentes empresários.
O evento, nesta segunda-feira (30/jun), foi interpretado como um claro respaldo do setor financeiro da Faria Lima à postura de Motta, que tem bloqueado iniciativas do governo federal para aumentar impostos sobre os mais ricos.
“Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos”, declarou Motta, mais cedo, criticando a polarização social promovida pelo Executivo.
O encontro reforça a aliança entre Motta e o empresariado, especialmente após a derrubada de decretos que elevariam o IOF, custando R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
“O Congresso está do lado dos mais ricos”, acusou o PT em campanha nas redes sociais.
Motta, que lidera a Câmara desde fevereiro de 2025, surpreendeu o governo ao articular, junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a votação que frustrou os planos de Lula para financiar programas sociais.
A derrota do aumento do IOF foi vista como um golpe político, dificultando a agenda de reeleição do presidente em 2026. “É hora de rachar a conta Brasil de forma mais justa”, defendeu o PT, enquanto Motta insiste na necessidade de cortes de gastos pelo governo.
O jantar, organizado em uma mansão no bairro nobre do Jardim Europa, em São Paulo, segundo O Globo, também reflete a reaproximação de Doria com setores do governo e da oposição. Após críticas duras a Lula no passado, o ex-governador enviou uma carta em 2023 pedindo conciliação.
O evento, fechado à imprensa, foi descrito como uma homenagem a Motta, mas analistas apontam que ele fortalece a posição do deputado como peça-chave no xadrez político nacional.
Aliados destacam sua habilidade de articular amplas coalizões, do PT ao PL, consolidando-o como um líder influente no Congresso. O encontro também ocorre em um momento delicado para o Legislativo, que enfrenta pressões por maior transparência nas emendas parlamentares.
A Faria Lima, ao apoiar Motta, sinaliza confiança em sua capacidade de manter o equilíbrio fiscal sem onerar o setor privado. Enquanto isso, o governo Lula aposta no discurso de justiça tributária, prometendo insistir na taxação de grandes fortunas.
Como Motta navegará entre essas forças opostas em 2026, todos querem saber. E sua postura tem gerado reações polarizadas. Nas redes sociais, críticos o acusam de priorizar interesses do mercado financeiro em detrimento de políticas sociais, com usuários o acusando de “travar recursos e correr pra jantar com bilionários”.
Orçamento (a origem?)
Segundo o jornalista Chico Pinheiro, o centrão é “guloso” e está “de olho no nosso bolso“, além de ser “comandado pelo deputado Hugo Motta e pelo Senador Alcolumbre. O centrão “trabalha para a bancada BBB (bilionários, bancos e bets)“.
Chico Pinheiro
@chico_pinheiro
O centrão, guloso e de olho no nosso bolso, comandado pelo deputado Hugo Motta e pelo Senador Alcolumbre, trabalha para a bancada BBB (bilionários, bancos e bets).
June 30, 2025
Pinheiro compartilhou um vídeo do jornal Hoje, da rede Globo, em que os apresentadores comentam “um assunto que está pegando fogo em Brasília, no Congresso Nacional, e que mexe muito com a sociedade, que são as emendas Pix“.
“São bilhões e bilhões de reais que vão para os parlamentares que eles mandam para estados e municípios“, explica César Tralli. “Só que a gente não sabe como é que essa grana é aplicada: falta transparência“. O comentarista Nilson Klava confirma que “falta fiscalização também nesse processo“.
“Não é a toa que teve aquela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, determinando mais transparência na destinação desses recursos pelos parlamentares, especialmente dessa modalidade, que são as emendas PIX”, prossegue Klava.
O comentarista explica que a modalidade leva o nome Pix “porque é uma transferência direta de recursos parlamentares para as suas bases eleitorais para estados, para municípios e sem especificar, sem detalhar qual será o objetivo desse recurso. Vai ser para construir uma ponte, uma escola, um hospital“.
E que “diante dessa falta de transparência e de fiscalização, houve a determinação do Supremo e a constatação no Congresso que se não houver mudança nessas modalidades de destinação de recursos, o Supremo pode considerar inconstitucional esse tipo de emenda”, detalha Klava.
Ele observam que, no Congresso, há uma mobilização para fazer algum tipo de alteração que contemple essa essa preocupação por parte do STF. (…) O que a gente está vendo nesse instante é uma briga de poder entre o Executivo, representado pelo Presidente, e o Legislativo, representado pelos parlamentares pelo Congresso no controle do orçamento“.
Segundo Klava, o Legislativo; o Congresso, vêm tendo cada vez mais protagonismo sobre o orçamento. E, talvez sem perceber, o comentarista expõe o motivo do impeachment da ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que o campo progressista interpreta como golpe:
Klava afirmou que o Legislativo “vem tendo, cada vez mais, protagonismo sobre o orçamento” e “isso vem desde [o ex-presidente da Câmara dos Deputados,] Eduardo Cunha, e Dilma Rousseff, naquela briga entre os dois, passa pelo orçamento secreto e chega até o dia de hoje, na situação como está de um Congresso muito empoderado na distribuição de recursos“.
Em linguagem popular, Trali diz que “é muito dinheiro que a gente não sabe pra onde tá indo, de que forma está sendo aplicado e é dinheiro nosso. Isso é dinheiro seu, dinheiro de todos nós, brasileiros”.
Klava explica que “emendas individuais” são aquelas em que cadaparlamentar tem direito a determinado montante, de um total de R$ 25 bilhões, e destina para sua base eleitoral, seu Estado; Município”. E acrescenta que “esses parlamentares podem fazer essa transferência direta, sem intermediários”, como a Caixa Econômica Federal.
“As emendas de bancada, que representam R$ 11,3 bilhões, que cada estado tem direito”, explica Klava, é outra modalidade de “pagamento obrigatório” pelo governo federal, ou seja, são “impositivas”. Ele mostra ainda as “emendas de comissão são aquelas permanentes”.
“Quando o Supremo considerou o orçamento secreto inconstitucional , os parlamentares encheram de recurso a emenda de comissão”, que representam R$ 15,2 bilhões e que, segundo o STF, “não tem especificado qual foi o parlamentar responsável por aquele recurso e isso dificulta a fiscalização e a transparência“.
Ao final da apresentação de Klava, Tralli se assista com a soma dos três tipos de emendas parlamentares: R$ 51,5 bilhões.
Klava complementa os percentuais: “Hoje o governo tem disponível para investimento mais de R$ 200 bilhões, o que é pouco, levando em consideração todo o orçamento da União”.
O comentarista acrescenta que todo o orçamento do Congresso “está dentro desse valor”, ou seja, o Congresso já tem 1/4 do que o governo teria para investir” e, por isso, “a gente está vendo essa briga aí para a destinação de recursos”.
Tralli encerra dizendo que “é um dinheiro nosso e um direito nosso, da sociedade brasileira, saber como é que o governo investe cada centavo que arrecada e como é que os parlamentares também investem cada centavo que chega às mãos deles”
Fonte https://urbsmagna.com/
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