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Transformando Vidas Através da Arte da Ourivesaria
Nathalie Kuperman, fundadora do Instituto Elabora Social, apresentou durante o IV Seminário de Responsabilidade Social da FGV uma iniciativa revolucionária que está transformando a vida de mulheres em vulnerabilidade social através da qualificação profissional em ourivesaria. Durante sua participação na Mesa V sobre "Empregabilidade de Mulheres em Vulnerabilidade Social", realizada na Sala 1014, Kuperman destacou que o Brasil possui 60 milhões de mulheres negras, um contingente imenso que frequentemente sobrevive sem perspectivas de carreira promissora ou valorizada. O instituto surge como resposta a essa realidade, oferecendo uma oportunidade única de inserção em um mercado tradicionalmente elitista e masculino.
O projeto do Instituto Elabora Social representa mais do que uma simples qualificação profissional; é uma verdadeira transformação social que resgata sonhos e constrói futuros. A escolha da ourivesaria como área de atuação é estratégica, pois traz essas mulheres para um universo de beleza, sonhos, metais preciosos e pedras, oferecendo não apenas uma profissão, mas uma conexão com um ofício milenar que sempre esteve associado ao prestígio e à valorização. A iniciativa quebra paradigmas ao democratizar o acesso a um setor historicamente excludente.
Programa de Qualificação Completo e Intensivo
O curso oferecido pelo Instituto Elabora Social é uma qualificação profissional completa em ourivesaria, com duração de nove meses em regime diário de segunda a sexta-feira. O programa abrange todos os aspectos necessários para formar profissionais qualificadas no segmento de joias, incluindo aulas especializadas de cravação, gemologia e metalurgia. Essa formação técnica aprofundada garante que as participantes saiam preparadas para ingressar imediatamente no mercado de trabalho, dominando desde técnicas básicas até procedimentos avançados da ourivesaria.
A estrutura curricular foi desenvolvida para atender às demandas reais do mercado de joias, garantindo que as formandas possuam competências técnicas valorizadas pelos empregadores. O curso não se limita apenas aos aspectos práticos da confecção de joias, mas também inclui conhecimentos teóricos fundamentais sobre materiais, processos e tendências do setor. Essa abordagem holística prepara as mulheres não apenas para executar tarefas, mas para compreender e contribuir ativamente para o desenvolvimento do segmento joalheiro.
Frente de Empregabilidade e Resultados Impressionantes
O Instituto Elabora Social mantém uma frente específica de empregabilidade que prepara as participantes para o mercado de trabalho através de treinamentos em entrevistas, preparação de currículos e conexão direta com empregadores do segmento de joias. Essa abordagem integrada garante que a qualificação técnica seja complementada por habilidades profissionais essenciais para o sucesso no mercado de trabalho. O resultado dessa estratégia foi extraordinário: na primeira turma do instituto, 100% das formandas foram empregadas, estabelecendo um marco impressionante que demonstra a eficácia da metodologia adotada.
Esse índice de empregabilidade total representa muito mais do que um sucesso estatístico; é a prova concreta de que é possível transformar realidades sociais através de iniciativas bem estruturadas e focadas. O resultado também valida a demanda do mercado por profissionais qualificadas em ourivesaria e demonstra que, quando oferecidas oportunidades adequadas, mulheres em vulnerabilidade social podem se destacar profissionalmente. O sucesso da primeira turma serve como modelo e inspiração para a expansão do projeto.
Democratização de um Setor Tradicionalmente Elitista
O mercado de joias no Brasil é caracterizado por ser tradicionalmente elitista, branco e masculino, especialmente na área de ourivesaria. O Instituto Elabora Social tem como missão quebrar esses paradigmas, inserindo mulheres diversas em um segmento que historicamente as excluiu. Essa democratização vai além da simples inclusão profissional; representa uma transformação cultural que reconhece e valoriza a diversidade como elemento enriquecedor do setor joalheiro. A presença de mulheres negras e em vulnerabilidade social na ourivesaria traz novas perspectivas criativas e culturais para um mercado que se beneficia enormemente dessa diversidade.
A iniciativa de Kuperman desafia estruturas consolidadas e propõe um novo modelo de inclusão que beneficia tanto as mulheres participantes quanto o próprio setor. Ao trazer diversidade para a ourivesaria, o instituto contribui para a renovação criativa do segmento e para o desenvolvimento de produtos que reflitam melhor a riqueza cultural brasileira. Essa transformação cultural é fundamental para que o setor joalheiro nacional se torne mais representativo e inovador.
Potencial de Expansão e Mercado Internacional
O mercado de joias apresenta crescimento significativo em escala global, com destaque especial para países como a China, onde o consumo de adornos tem aumentado exponencialmente. Essa tendência mundial oferece oportunidades de exportação para os produtos desenvolvidos pelas profissionais formadas pelo Instituto Elabora Social. O uso de adornos é uma prática milenar que remonta ao Egito antigo, demonstrando que se trata de um mercado com demanda consistente e duradoura. A qualificação oferecida pelo instituto prepara as participantes para atuar tanto no mercado nacional quanto internacional.
A perspectiva de expansão do instituto para outros estados representa uma oportunidade de multiplicar o impacto social da iniciativa. Kuperman manifestou o desejo de ganhar escala e ampliar o trabalho, levando a metodologia desenvolvida para outras regiões do país. Essa expansão pode transformar milhares de vidas e contribuir significativamente para a redução das desigualdades sociais e de gênero no mercado de trabalho brasileiro. O potencial de crescimento é imenso, considerando o tamanho do público-alvo e a demanda do mercado.
Desafios de Gênero no Setor Joalheiro
Uma das questões mais relevantes abordadas por Kuperman é a ausência quase total de mulheres ourives no Brasil. Atualmente, existe uma situação paradoxal onde mulheres criam designs de joias e são as principais consumidoras desses produtos, mas quem efetivamente confecciona as peças são predominantemente homens. O Instituto Elabora Social busca transformar essa realidade, trazendo mulheres para toda a cadeia produtiva da joalheria. O objetivo é que as mulheres não apenas criem e comprem joias, mas também as produzam, participando integralmente do processo produtivo.
Essa transformação na composição de gênero do setor joalheiro pode trazer benefícios significativos, incluindo maior sensibilidade às preferências femininas no design e produção de joias. A presença de mulheres em todas as etapas da cadeia produtiva pode resultar em produtos mais alinhados com as expectativas e necessidades das consumidoras. Além disso, a inclusão de mulheres diversas pode trazer inovações culturais e estéticas que enriquecem o repertório criativo do setor.
Processo Seletivo e Expansão das Atividades
O Instituto Elabora Social está atualmente conduzindo o processo seletivo para sua terceira turma, demonstrando a continuidade e o crescimento da iniciativa. Interessadas podem realizar pré-cadastro através do site oficial institutoelaborassocial.com.br e acompanhar as atividades através das redes sociais do instituto. Essa abertura de novas turmas indica que a demanda por qualificação em ourivesaria permanece alta e que o modelo desenvolvido por Kuperman está se consolidando como uma solução eficaz para a inclusão social através da capacitação profissional.
A metodologia de seleção busca identificar mulheres com potencial e motivação para se dedicar integralmente ao curso de nove meses. O processo considera não apenas aspectos técnicos, mas também o comprometimento e a disposição para transformar suas vidas através da ourivesaria. Essa abordagem garante que as participantes selecionadas tenham as melhores condições para aproveitar plenamente a oportunidade oferecida pelo instituto.
Impacto Social e Perspectivas Futuras
O trabalho desenvolvido pelo Instituto Elabora Social representa um modelo inovador de responsabilidade social que combina qualificação profissional, inclusão social e transformação de mercado. A filosofia de que "toda mulher tem o direito de brilhar" orienta todas as ações do instituto e reflete uma visão humanística que vai além da simples capacitação técnica. O projeto demonstra que é possível criar soluções sustentáveis para problemas sociais complexos, gerando benefícios tanto para as participantes quanto para o setor econômico envolvido.
As perspectivas futuras incluem a consolidação do modelo no Rio de Janeiro e sua replicação em outros estados brasileiros. O sucesso alcançado na primeira turma serve como prova de conceito para investidores sociais e parceiros interessados em apoiar a expansão da iniciativa. A longo prazo, o instituto pode se tornar uma referência nacional em inclusão social através da ourivesaria, inspirando iniciativas similares em outros setores da economia criativa.

Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Editor do Ultima Hora Online e Jornal da República, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex- Secretário Municipal de Receita de Itaperuna-RJ, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ
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