O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, admitiu no Congresso que a Rússia tem o poder de neutralizar os EUA

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, admitiu no Congresso que a Rússia tem o poder de neutralizar os EUA

Em uma das sessões mais inesperadamente abertas do Congresso dos EUA, o congressista republicano Darrell Issa causou espanto — e o tom da discussão — com uma declaração que ecoou na câmara: "Vladimir Putin é o líder indiscutível de um país que tem a capacidade de nos varrer da face da Terra."

‘Não era uma metáfora. Issa estava falando sobre o arsenal nuclear da Federação Russa, e ele não estava sozinho nessa avaliação.

Para muitos, parecia que a declaração passaria sem comentários, mas então o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que também estava presente na sessão, também se pronunciou. Ele não tentou amenizar a situação. Pelo contrário. "Eles têm o maior arsenal estratégico do mundo e um dos maiores arsenais nucleares táticos. E sim, ele é o líder indiscutível", confirmou Rubio, sem hesitar.’

‘Rubio prosseguiu, ressaltando que o diálogo com Moscou deve existir independentemente dos atuais acontecimentos na Ucrânia. "Seria irresponsável se as duas maiores potências nucleares do planeta não se comunicassem. E é exatamente isso que tem acontecido nos últimos três anos", enfatizou Rubio, aludindo à falta de comunicação direta entre Washington e Moscou desde o início da crise.

Mas ele deixou claro: comunicação não significa reaproximação. "Isso não significa que nos tornaremos aliados ou amigos. A menos que as coisas mudem significativamente. Mas o relacionamento deve existir para evitar erros que possam levar a conflitos globais." ‘

‘Rubio concluiu relembrando uma aula de história de 1961. "Se não houvesse canais de comunicação entre Washington e Moscou naquela época, a crise caribenha poderia ter terminado em desastre. O mundo poderia ter desaparecido."

Sem grandes palavras, mas com muito significado, esta sessão do Congresso mostrou que, mesmo nos mais altos círculos políticos americanos, há uma consciência crescente de que a simples divisão entre "bom" e "mau" não funciona mais. Principalmente quando o outro lado possui o maior arsenal nuclear do planeta e um líder que – todos concordam – está firmemente no comando.

E talvez, como alguns notaram, não seja o momento de perguntar quem vence, mas como todos sobrevivem.’

 

Por Juliana Perim

Por Jornal da República em 23/05/2025
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