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O Globo
O governo do Peru decretou estado de emergência por 60 dias em sua fronteira com o Chile. A medida inclui o envio de tropas do Exército para reforçar a segurança ao lado da Polícia Nacional nos distritos de Palca, Tacna e La Yarada-Los Palos, no sul do país.
Segundo o decreto, o objetivo é conter migração ilegal e combater crimes na região. Durante o período, direitos civis como liberdade de circulação e reunião pública serão temporariamente restringidos.
Também haverá reforço das atuações do Ministério Público e do Judiciário, com foco na repressão a mercados ilegais, como tráfico de drogas, pessoas, armas e lavagem de dinheiro.
Presidente fecha a fronteira para evitar imigração ilegal
A decisão do presidente interino José Jerí foi uma resposta direta à crescente tensão migratória na região.
Desde a semana passada, dezenas de migrantes, muitos com crianças, foram vistos tentando cruzar a fronteira chilena em direção ao Peru.
Eleições no Chile causam onda de migrações para o Perú
A onda de imigrações tem acontecido em meio à expectativa da vitória de José Antonio Kast no segundo turno da presidência no Chile.
Uma pesquisa da Latam Pulse/Atlas Intel aponta que ele tem mais de 20 pontos percentuais de vantagem sobre a comunista Jennette Jara.
Durante sua campanha, Kast prometeu expulsar os cerca de 330 mil imigrantes em situação irregular.
A declaração provocou temor entre grupos de migrantes, em sua maioria venezuelanos, que agora tentam deixar o país antes da posse de um novo governo.
"Nossas fronteiras se respeitam", afirmou o presidente peruano ao anunciar o estado de emergência.
O ministro do Interior, Vicente Tiburcio, também viajou à região para coordenar pessoalmente a ação das forças de segurança.
Segundo ele, 50 militares já estão posicionados em Santa Rosa e outros 50 devem chegar nos primeiros dias de dezembro.
O governo peruano afirma que apenas migrantes com documentação regular serão autorizados a entrar no país.
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