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Governo federal prepara plano emergencial contra tarifas de Trump que ameaçam economia brasileira
O governo brasileiro corre contra o tempo para anunciar um plano de contingência destinado a amenizar os impactos das tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump sobre produtos brasileiros. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalize o pacote de medidas até esta terça-feira (12), após reunião estratégica marcada para o final da tarde de hoje com ministros-chave da administração federal.
A urgência do anúncio reflete a ansiedade de setores fundamentais da economia nacional, especialmente a indústria e o agronegócio, que enfrentam sobretaxa de 50% nas exportações para os Estados Unidos desde a semana passada. O impacto já se faz sentir no mercado, com empresários pressionando por uma resposta rápida e efetiva do Planalto para minimizar os prejuízos econômicos.
O encontro decisivo desta segunda-feira reunirá o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério da Indústria, além dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). A articulação demonstra o caráter estratégico das medidas que estão sendo desenhadas para enfrentar a crise comercial.
Entre as principais ações que circulam nos bastidores governamentais estão a criação de linhas de crédito especiais para os setores mais impactados e a expansão significativa das compras governamentais. Esta última medida visa absorver, principalmente, produtos perecíveis do agronegócio que deixarão de ser exportados devido às barreiras tarifárias americanas, garantindo assim um mercado interno para a produção nacional.
Segundo cálculos preliminares do governo federal, as tarifas impostas por Trump afetarão aproximadamente um terço das empresas brasileiras que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos. O cenário exige uma resposta coordenada e abrangente, que vai além de medidas pontuais e busca proteger a competitividade da economia brasileira no mercado internacional.
A ausência de diálogo direto entre os presidentes Lula e Trump após cinco dias de vigência das tarifas preocupa o setor empresarial brasileiro. Lideranças econômicas pedem cautela nas negociações para evitar o agravamento das tensões diplomáticas, mas reconhecem que alguém precisará dar o primeiro passo para destravar as conversas bilaterais.
Paralelamente à crise comercial, o Congresso Nacional se prepara para retomar suas atividades normais após um período conturbado que colocou em xeque a credibilidade do Parlamento brasileiro. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já tomou medidas disciplinares contra 14 deputados que participaram de atos de obstrução nas sessões legislativas da semana passada.
A lista de parlamentares denunciados à Corregedoria da Câmara inclui principalmente membros do Partido Liberal, como Bia Kicis, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Domingos Sávio, Júlia Zanatta, Marco Feliciano, Marcos Pollon, Nikolas Ferreira, Paulo Bilynskyj, Sóstenes Cavalcante, Zé Trovão e Zucco. Também foram incluídos Allan Garcês (PP-MA) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, intensificou as críticas ao governo Lula pela condução da crise com os Estados Unidos. O parlamentar ironiza a postura presidencial de atacar os americanos enquanto defende o Brics, questionando a efetividade do bloco econômico em momentos de pressão internacional.
A expectativa agora se concentra no anúncio oficial do plano de contingência, que chega com seis dias de atraso em relação ao cronograma inicial. O sucesso das medidas será fundamental para manter a confiança dos investidores e preservar a estabilidade econômica brasileira diante de um cenário internacional cada vez mais desafiador.
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