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A Prefeitura do Rio de Janeiro firmou na tarde desta quarta-feira (30) um acordo com os quatro consórcios responsáveis pela operação das linhas de ônibus municipais — Transcarioca, Transoeste, Intersul e Internorte — para antecipar o fim das concessões atualmente vigentes, que teriam término apenas em 2028. A decisão foi acertada durante uma audiência no Tribunal de Justiça e agora segue para homologação do Ministério Público.
Como parte do novo plano, a partir de junho, o município reassumirá 23 linhas da Zona Oeste, priorizando aquelas com pior avaliação de qualidade. A operação poderá ser realizada pela Mobi-Rio — empresa pública que já administra os corredores do BRT — ou por meio do aluguel emergencial de coletivos até que um novo processo licitatório seja concluído.
“O objetivo é garantir um transporte mais eficiente e confortável para o cidadão. Essa mudança faz parte do compromisso assumido na campanha de reeleição do prefeito”, afirmou o vice-prefeito e secretário municipal de Transportes, Eduardo Cavaliere.
Índice de qualidade orienta retomada
A definição das linhas que serão municipalizadas primeiro foi feita com base no Índice de Qualidade de Transportes (IQT), que avalia fatores como a idade da frota, estado de conservação dos veículos e o cumprimento da oferta determinada em contrato.
Entre as linhas que passarão a ser operadas diretamente pela prefeitura estão: 731 (Campo Grande–Marechal Hermes), 765 (Mendanha–Deodoro), 870 (Sepetiba–Santa Cruz), 804 (Campo Grande–Curral Falso) e 893 (Campo Grande–Jardim Palmares).
Novo modelo de concessão
Segundo o procurador-geral do Município, Daniel Bucar, o processo de transição será gradual. “Até 2028, teremos uma convivência entre antigos e novos operadores”, explicou.
Diferente do modelo de 2010, quando a cidade foi dividida em quatro grandes áreas operadas por consórcios, o novo formato prevê pulverização das concessões, com cerca de 40 contratos menores. A ideia é equilibrar linhas lucrativas e deficitárias dentro de cada novo lote, favorecendo uma gestão mais eficiente e menos concentrada.
Frota climatizada até novembro
Durante a audiência, conduzida pela juíza Alessandra Tufvesson Peixoto, da 8ª Vara de Fazenda Pública, também foi estabelecido o prazo de 1º de novembro para que os consórcios retirem de circulação os últimos 200 ônibus sem ar-condicionado — cerca de 5% da frota atual. Para viabilizar a renovação, a prefeitura liberará aproximadamente R$ 70 milhões que estavam bloqueados em uma conta judicial.
Os recursos se referem a uma disputa sobre a obrigatoriedade de climatização da frota. Segundo João Gouveia, presidente do Rio Ônibus, o montante será destinado à compra de veículos novos com ar-condicionado.
Além disso, a prefeitura e os consórcios renegociaram os valores dos subsídios pagos pelo município às empresas, bem como o pagamento de parcelas em atraso.
Linhas que terão os operadores trocados:
731 (Campo Grande–Marechal Hermes)
765 (Mendanha–Deodoro)
770 (Campo Grande–Coelho Neto)
771 (Campo Grande–Coelho Neto)
790 (Campo Grande–Cascadura)
796 (Campo Grande–Deodoro)
798 (Campo Grande–Deodoro)
804 (Campo Grande–Curral Falso)
821 (Campo Grande–Corcundinha)
822 (Campo Grande–Corcundinha)
825 (Campo Grande–Jesuítas)
826 (Campo Grande–Carobinha)
833 (Campo Grande–Manguariba)
840 (Campo Grande–São Fernando)
841 (Campo Grande–Inhoaíba)
842 (Campo Grande–Paciência)
849 (Campo Grande–Base Aérea de Santa Cruz)
868 (Campo Grande–Urucânia)
869 (Campo Grande–Santa Margarida)
870 (Sepetiba–Santa Cruz)
892 (São Benedito–Santa Cruz)
893 (Campo Grande–Jardim Palmares)
936 (Campo Grande–Fundão)
A previsão é de que, até o fim de 2025, novas etapas incluam linhas da Ilha do Governador e de outras regiões, como a Zona Norte e a Zona Sul, num processo que deve reformular completamente o sistema de transporte público da capital.
Fonte: O Globo
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