Rio terá novas UTIs automatizadas e hospitais modernizados da Rede Nacional de Serviços Inteligentes do SUS

Hospitais federais do Rio vão receber UTIs automatizadas e entrar na Rede Nacional de Serviços Inteligentes e de Medicina de Alta Precisão do SUS, iniciativa do Ministério da Saúde que usa tecnologia digital e inteligência artificial para modernizar o atendimento e reduzir o tempo de espera

Rio terá novas UTIs automatizadas e hospitais modernizados da Rede Nacional de Serviços Inteligentes do SUS

Rio de Janeiro foi incluído na nova Rede Nacional de Serviços Inteligentes e de Medicina de Alta Precisão do SUS, apresentada pelo Ministério da Saúde. O Hospital Federal de Bom Sucesso e o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho foram selecionados para receber Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) automatizadas, com estrutura totalmente digital e integrada.

Além das UTIs, quatro hospitais federais do Rio, o novo Hospital Oncológico da Baixada Fluminense e o Instituto do Cérebro do Rio serão modernizados como hospitais de excelência do SUS, com serviços inovadores baseados em tecnologias digitais e uso de inteligência artificial no cuidado em saúde.

A iniciativa prevê a instalação de 14 UTIs inteligentes interligadas em 13 estados, com monitoramento contínuo dos pacientes e integração entre equipamentos e sistemas de informação. As soluções tecnológicas vão ajudar a prever agravamentos, apoiar decisões clínicas e agilizar avaliações, além de facilitar a troca de conhecimento entre especialistas espalhados pelo país.

Todas as unidades estarão conectadas a uma central nacional de pesquisa e inovação, integrada ao futuro Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, apontado como o primeiro hospital inteligente do Brasil. Além do Rio, as UTIs serão implantadas em Belém (PA)Manaus (AM)Dourados (MS)Teresina (PI)Fortaleza (CE)Recife (PE)Salvador (BA)Belo Horizonte (MG)São Paulo (SP)Curitiba (PR)Porto Alegre (RS) e Brasília (DF).

A primeira etapa da proposta para construção e estruturação dessa rede inteligente prevê investimento de R$ 1,7 bilhão, viabilizado em cooperação com o Banco dos BRICS. O Ministério da Saúde já entregou a documentação final para análise do pedido de financiamento. Após a aprovação, a expectativa é que os primeiros serviços entrem em operação a partir de 2026.

Com parceria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e participação de universidades e secretarias de saúde, oito hospitais serão modernizados nesta fase inicial, fortalecendo a rede de emergências e o atendimento de alta complexidade no SUS. Além das unidades do Rio, o pacote inclui o novo hospital da Unifesp, em São Paulo, e o novo hospital do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), no Rio Grande do Sul.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o impacto estratégico da nova estrutura digital na modernização da saúde pública. “Hoje estamos entrando em uma nova era de inovação do SUS. A implantação dessa rede nacional de serviços inteligentes tem um papel enorme para a saúde brasileira, que vai permitir que a população tenha acesso ao que tem de melhor em tratamento médico. E, além disso, também vamos produzir conhecimentos, pesquisas e contribuir para que o sistema de saúde seja um destaque global”, afirmou Padilha.

A ação integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do atendimento especializado na rede pública. Segundo o Ministério, o uso de tecnologias como inteligência artificial e análise de grandes bases de dados pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, além de acelerar diagnósticos e tornar a assistência especializada mais precisa nas unidades do SUS.

Por Jornal da República em 23/11/2025
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