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Reza a lenda que o pastor Silas Malafaia vem tentando se cacifar como o abençoado nome da direita, o preterido, o queridinho favorito para ocupar o cargo de vice-presidente da república do clã Bolsonaro em 2026.
Mas para isso, o pastor tem que diluir o poder da ex-primeira dama Michele Bolsonaro. Segundo fontes, ligadas ao clã, Michele tem ganhado espaço junto ao eleitorado, principalmente, no meio dos evangélicos onde o pastor Silas reinava como o soberano de Deus, o rei das massas.
A cada novo evento ‘patrocinado por Malafaia’, o pastor soberano das Assembleias de Deus, cria vários problemas para diminuir o poder do grupo de Michele Bolsonaro. A mais recente arma de Silas para desestabilizar Michele é o locutor Carlos Rudinei Arguelho Mattoso, que se vende como o cara que treinou e adestrou os modos grosseiros de dona Michele, vendida por ele como uma pessoa menor e de difícil trato.
A disputa velada de território entre Silas e Michele começou na preparação do ato em Copacabana, no dia 16 de março. No evento, bancado pelo fieis da igreja de Malafaia, Michele bateu o pé que não queria a presença de Carlos Rudinei como locutor do evento e indicou para o lugar locutor Walter Cowboy, mas Cowboy não teria agradado o pastor que esperava ser enaltecido pelo apresentador que não massageou seu ego vaidoso. Depois do evento, Silas teria entrado em conflito com Michele e exigido que a ex-primeira dama não se metesse mais nos eventos organizados com o seu dinheiro muito menos em nome da sua igreja.
Fontes ligadas ao clã Bolsonaro teriam apresentado um dossiê com a ficha corrida de Carlos Rudinei, a principal arma de Malafaia para agredir Michele Bolsonaro. No relatório consta todas as falcatruas do malandro que agora se apresenta como “a voz do presidente”.
Na ficha corrida de Carlos Rudinei consta que em 2007 ele foi preso e condenado há 9,5 anos de prisão pela Justiça Federal por contrabando e improbidade administrativa, na Operação Sete Erros, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular um esquema de contrabando, na Feira dos Importados de Brasília, conhecida como Feira do Paraguai.
Na época, Carlos Rudinei Mattoso trabalhava como assessor do então senador Renan Calheiros (MDB-AL). Carlos Rudinei e outros 16 suspeitos de contrabando utilizavam os gabinetes dos então deputados Joaquim Beltrão e Olavo Calheiros (MDB-AL), irmão de Renan, para contrabandear computadores portáteis para vendê-los no Distrito Federal e em outras regiões do país. Em um dos flagrantes, Carlos Rudinei foi pego tentando enviar dez computadores para Macapá (AP) pelos endereços dos gabinetes parlamentares via Correios.
Segundo os coordenadores da operação "Sete Erros", o grupo criminoso de Carlos Rudinei, além de contrabando e descaminho, foi indiciado e condenado por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária, sonegação fiscal e agiotagem.
Se não bastasse essa prisão, em maio de 2020, Carlos Rudinei Arguelho Mattoso, que também seria dono da empresa Marc Plus Filmes Eirele, voltou ao noticiário político-policial acusado de emitir notas fiscais falsas para o deputado federal Nivaldo Albuquerque também de Alagoas, para a divulgação da ‘atividade parlamentar’, sem que nada fosse produzido.
A notícia veio a público no jornal Extra -Maceió, na edição nº 1067. Ele também é conhecido por ser um dos grileiros que ajudou a invadir uma área ambiental em Sobradinho, em Brasília, que deu origem ao Condomínio Residencial Rural RK. Em novembro de 2024, a Justiça condenou os invasores por parcelamento irregular e dano ambiental. Os grileiros terão que demolir todas as edificações erguidas no condomínio, no prazo de 12 meses, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia de atraso, além de indenização no valor de R$ 22.942.326,00.
A situação entre o pastor Silas Malafaia e a ex-primeira dama Michele Bolsonaro azeda cada dia mais, principalmente, após o pastor Silas decidir convocar uma marcha para o dia 7 de maio, em Brasília, em nome da ‘defesa da anistia’, mesmo sabendo que Bolsonaro estava hospitalizado e que dificilmente poderia participar do evento. Mas, para azar do pastor, o ex-presidente Bolsonaro recebeu alta médica e acompanhou a caminhada de um trio elétrico.
Nos bastidores, comenta-se que Malafaia não esperava a presença de Bolsonaro no ato do qual a estrela maior seria ele. Dizem também que ele acredita que tem mais poder de atrair multidões que Michele Bolsonaro, a grande pedra no sapato do pastor. Aliás, para irritar e criar atrito com a ex-primeira dama, Malafaia contratou novamente, o locutor Carlos Rudinei para comandar a marcha em Brasília. Mesmo tendo ciência, que Carlos Rudinei teria tido seu contrato revogado junto PL Nacional, após o grupo de Bolsonaro descobrir que o locutor cobrava uma graninha extra de empresários, políticos e até mesmo de alguns figurões do PL, durante a campanha para prefeito em 2024, como um apoio a ele que se intitulava a “voz do presidente”.
Com isso, Michele Bolsonaro estaria engolindo a seco todas as desfeitas promovidas pelo pastor Silas Malafaia que quer tirá-la da disputa política a qualquer preço, já que ela vê em Silas o mesmo personagem vivido por Michel Temer que articulou e derrubou Dilma Roussef do cargo de presidenta da república. Ou seja, tão falso como uma nota de três reais dentro do grupo.
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