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Por Paulo Ciro Mendonça – pedagogo, empresário, líder comunitário e policial militar RR
Instagram: @paulociro63 | Twitter: @paulo_ciro
Nos últimos dias, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar sobre o Brasil, defendendo Jair Bolsonaro e questionando decisões soberanas da Justiça brasileira. Enquanto o Texas enfrenta tragédias com enchentes que colocam a população em risco, Trump opta por se intrometer nos assuntos internos de um país soberano. Isso nos obriga a levantar uma questão urgente: o que Bolsonaro e seus aliados estão oferecendo em troca desse apoio internacional?
Não é a primeira vez que o bolsonarismo demonstra disposição para negociar o Brasil em troca de poder. A tentativa frustrada de vender a Embraer — uma joia da engenharia nacional e peça estratégica da nossa defesa — foi um dos primeiros sinais. Depois, veio a venda da Eletrobras, nossa maior geradora de energia elétrica, privatizada a preço de banana, com um modelo que retirou o controle do Estado e entregou lucros bilionários a acionistas estrangeiros. Resultado: hoje, pagamos tarifas mais altas e perdemos a capacidade de planejamento energético soberano.
E agora, novas peças aparecem nesse quebra-cabeça. Investigadores levantam a hipótese de que a refinaria Abreu e Lima poderia ter sido colocada na mesa como ativo de barganha em esquemas escusos. Não se trata de afirmar, mas de levantar perguntas legítimas: a entrega dessa refinaria estaria relacionada a acordos políticos ou a possíveis propinas disfarçadas de “presentes”, como as joias sauditas desviadas do patrimônio da União?
Seriam essas joias parte de uma rede maior de favorecimento e entrega de riquezas nacionais?
O histórico dos Estados Unidos também merece atenção. Não é novidade que o império norte-americano tem interesse direto em regiões com petróleo, minérios e recursos estratégicos. Foi assim no Iraque, com Saddam Hussein; na Líbia, com a queda de Kaddafi; e no Irã, alvo constante de sanções e bombardeios. A guerra entre Rússia e Ucrânia, por sua vez, envolve também disputas por reservas de terras raras, fundamentais para a indústria de tecnologia. Agora, a cobiça pode estar mirando o pré-sal, a margem equatorial e a Petrobras.
É nesse contexto que a atuação do presidente Lula se destaca. Enquanto parte da elite política tenta entregar o país ao capital internacional, Lula reafirma o compromisso com a soberania nacional. Defende a Petrobras como patrimônio estratégico do povo brasileiro, busca ampliar o papel do Brasil no BRICS e não aceita subordinação aos interesses de Washington ou de qualquer outra potência.
Soberania não se discute. Se defende.
O Brasil precisa de líderes que estejam do lado do povo, não de agentes a serviço de interesses estrangeiros
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