Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
No xadrez silencioso do Judiciário, cada peça conta — e, às vezes, até quem parece mais forte acaba fora do tabuleiro. Foi o que aconteceu com Eduardo El Hage, ex-integrante da força-tarefa da Lava Jato do Rio, que, apesar de ter sido o segundo mais votado por seus pares no Ministério Público Federal, ficou de fora da lista tríplice do TRF-2.
Como ensina o ditado, “quem muito se destaca, acaba na berlinda”. O peso da Lava Jato, que já foi símbolo de combate à corrupção, virou obstáculo nos bastidores do tribunal. Entre preferências políticas e memórias ainda sensíveis da operação, El Hage foi preterido ao lado de nomes tecnicamente sólidos, mas menos polêmicos.
Liderando a lista, Júlio César Costa — um dos poucos procuradores negros da carreira e ex-chefe do MPF no Espírito Santo — reuniu apoio expressivo com 28 votos e surge como nome forte para equilibrar a predominância fluminense no TRF-2.
Stanley Valeriano garantiu o segundo lugar mesmo vindo de fora do topo da votação interna, mostrando que alianças de plenário podem pesar mais que os números do colégio de procuradores. Já Neide Cardoso selou a terceira vaga após uma disputa acirrada em segundo turno, capitalizando sua experiência na segunda instância.
Agora, a decisão está no Planalto, nas mãos do presidente Lula. Entre acenos à diversidade, cálculos políticos e o fantasma da Lava Jato, o futuro desembargador do TRF-2 será resultado de uma equação tensa. “Quem muito se expõe, vira alvo”— resta saber se essa lógica seguirá valendo para as próximas escolhas da Justiça.
#TRF2
#ListaTríplice
#LavaJato
#EduardoElHage
#MPF
#JustiçaFederal
#NomeaçãoTRF2
#DiversidadeNoJudiciário
#BastidoresDaJustiça
#PolíticaEJustiça
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!