Trump demonstra empatia a Lula ao saber do tempo em que ele ficou preso injustamente

Trump demonstra empatia a Lula ao saber do tempo em que ele ficou preso injustamente

Em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da ASEAN, realizada no dia 26 de outubro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontrou-se com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um encontro que durou quase 50 minutos e foi marcado tanto por aspectos pessoais quanto por negociações econômicas.

Um momento de empatia pessoal

Durante a conversa, Trump abordou diretamente o episódio da prisão de Lula — que teve início em 7 de abril de 2018 e se estendeu até 8 de novembro de 2019, totalizando mais de 580 dias.
O republicano teria comentado que ele e Lula “deram a volta no sistema”, em referência aos processos judiciais que ambos enfrentaram.
Essa demonstração de empatia — pouco comum em encontros oficiais de chefes de Estado — ganhou destaque por dar tom humano ao diálogo diplomático.

Agenda bilateral e possíveis mudanças comerciais

Além da troca de cumprimentos e do reconhecimento pessoal, os dois líderes trataram de temas econômicos relevantes, entre eles o imposto de 50% aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Fontes do governo indicam que há disposição americana para reconsiderar essas tarifas e também rever sanções aplicadas a autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky.
Apesar disso, o Palácio do Planalto adota cautela e não espera mudanças imediatas, uma vez que a revisão dependerá das prioridades da nova gestão americana em relação à pauta comercial com o Brasil.

Clima diplomático e uma nova etapa

Integrantes da comitiva brasileira descreveram o encontro como tendo transcorrido em “ambiente de absoluta cordialidade”. Trump teria chegado “desarmado”, pronto para ouvir, enquanto Lula mostrava-se tranquilo e confiante.
Para o Itamaraty, o momento simboliza o fim do processo de “descontaminação” das relações entre Brasil e Estados Unidos, representando o início de uma nova fase de cooperação política e econômica.
Analistas avaliam que a reunião pode ter sido o passo mais importante até agora para suspender as tarifas contra produtos brasileiros e reconstruir uma agenda conjunta.

Considerações finais

Embora ainda inicial, a nova aproximação entre Brasil e Estados Unidos apresenta sinais positivos — tanto no terreno pessoal, pelo reconhecimento mútuo entre os líderes, quanto no econômico, pela abertura ao diálogo comercial. Resta observar como esses gestos diplomáticos se converterão em medidas concretas nos próximos meses.

 

Fonte: G1

Por Jornal da República em 28/10/2025
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