Trump manda Israel acabar com a guerra em Gaza

Trump manda Israel acabar com a guerra em Gaza

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou a rede social Truth para pressionar o governo de Israel por um acordo no conflito da Faixa de Gaza. Em publicação feita neste fim de semana, Trump escreveu: “Façam o acordo em Gaza. Tragam os reféns de volta”, em referência aos cerca de 50 israelenses ainda mantidos pelo Hamas desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.

A declaração ocorre em meio a negociações por uma possível trégua no território palestino, impulsionadas por uma recente pausa nos confrontos entre Israel e Irã — o que vem sendo chamado pelos americanos de “guerra dos 12 dias”. Segundo Trump, um acordo entre as partes envolvidas pode ser alcançado “já na próxima semana”.

Esforços internacionais pela trégua

O apelo de Trump se soma às declarações do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar, Majed Al Ansari, que atua como mediador nas negociações entre Israel e o Hamas. De acordo com Ansari, há uma “janela de oportunidade” para viabilizar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, especialmente após a pausa nos combates com o Irã. Ele destacou que os Estados Unidos e o Egito também participam dos esforços diplomáticos em busca da trégua.

Ainda segundo o diplomata qatari, a Palestina já havia solicitado a extensão do cessar-fogo para incluir o conflito em Gaza. O gabinete do presidente Mahmoud Abbas afirmou que a ampliação do acordo garantiria “segurança e estabilidade abrangentes na região”.

Bombardeios continuam em Gaza

Apesar das pressões internacionais, o governo israelense mantém as ofensivas na Faixa de Gaza. O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, afirmou que os ataques continuarão com dois objetivos principais: libertar os reféns e desmantelar o governo do Hamas.

Na mais recente série de bombardeios, pelo menos 60 pessoas morreram na Faixa de Gaza, segundo informações de profissionais de saúde ouvidos pela agência AFP. Os ataques atingiram, entre outros alvos, um campo de refugiados montado no Estádio da Palestina, na Cidade de Gaza, além de prédios residenciais.

Desde o início do conflito, mais de 56 mil palestinos morreram em bombardeios e ataques israelenses, de acordo com dados divulgados por autoridades locais. Do lado israelense, o ataque inicial do Hamas resultou na morte de cerca de 1,2 mil pessoas.

Enquanto os esforços diplomáticos tentam ganhar força, a situação no território continua crítica, com milhares de civis afetados e uma solução definitiva ainda distante.

 

Fonte: UOL

Por Jornal da República em 29/06/2025
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