Um morto, 10 feridos, 23 casas interditadas: o que se sabe sobre explosão em São paulo

Explosão no Tatuapé causou a interdição de 23 imóveis e causou uma morte e deixou cerca de 10 feridos.

Um morto, 10 feridos, 23 casas interditadas: o que se sabe sobre explosão em São paulo

Uma forte explosão destruiu uma casa na Rua Francisco Bueno, no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. 

A detonação causou a morte de um homem, feriu ao menos dez pessoas e obrigou a Defesa Civil a interditar 23 residências.

O impacto da explosão pôde ser sentido em um raio de até 3 km. Janelas estilhaçaram, motos tombaram e a fumaça obrigou o fechamento temporário da Avenida Salim Farah Maluf, via que corta a região.

Quatro pessoas foram levadas para hospitais com ferimentos mais graves, incluindo uma mulher com traumatismo craniano, um homem com sangramento no ouvido e um jovem de 19 anos com escoriações. Outras seis pessoas sofreram ferimentos leves.

Segundo a Polícia Civil, o local funcionava como um centro clandestino de armazenamento de artefatos explosivos

Os bombeiros que atenderam à ocorrência afirmaram que além da explosão principal houveram pequenas detonações, o que indica a presença de diversos artefatos prontos para uso. 

Um agente informou que esses materiais poderiam ter seriam utilizados na fabricação de balões.

A principal suspeita é de que um balão tenha caído sobre o telhado e iniciado a explosão, que foi seguida de um incêndio.

Moradores relataram pânico, com vidraças quebradas, cortinas arrancadas, poeira nos quartos e carros danificados

Câmeras de segurança registraram o momento exato do estrondo, e moradores filmaram fogos estourando em pleno ar logo após o impacto.

Suspeito e origem do material

O imóvel havia sido alugado cerca de 40 dias antes da explosão. A polícia aponta Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, como responsável por transformar a casa em um depósito ilegal

Ele já havia sido investigado por soltar balões com fogos, prática proibida por lei. Os agentes acreditam que o corpo entre os escombros seria de Adir, mas a identificação oficial depende da perícia do Instituto Médico-Legal.

O caso foi registrado no 30º Distrito Policial como explosão, crime ambiental e lesão corporal. 

A Polícia Civil e a perícia criminal agora buscam apurar a origem dos fogos, identificar eventuais fornecedores e entender a extensão da operação clandestina.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública reforçou que manter fogos ou explosivos em área urbana é crime grave e representa risco à vida e à integridade da população.

Por Jornal da República em 16/11/2025
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