A Diplomacia Estratégica do Golfo e suas articulações no Brasil e nos Emirados - Por Pricila Menin

A atuação diplomática coordenada dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) — formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Omã e Bahrein — tem se fortalecido em eixos estratégicos, como o Brasil e a região do Golfo, reposicionando as relações internacionais com foco em economia, cultura e inovação.

Em 2025, esse movimento ganha profundidade, especialmente com a atuação dos embaixadores do CCG no Brasil, que mantêm uma intensa agenda de cooperação. Entre eles, Ahmad Mohammed A. M. Alshebani, embaixador do Catar, gerencia investimentos em fertilizantes, parcerias acadêmicas e intercâmbio esportivo . Já Talal Rashed Al-Mansour, do Kuwait, apoia projetos de infraestrutura hídrica no Nordeste brasileiro. O embaixador dos Emirados, Saleh Ahmad Salem Alzaraim Al Suwaidi, impulsiona iniciativas de saúde, tecnologia e logística por meio dos fundos Mubadala e ADQ.

Do lado brasileiro, a renovação da diplomacia traz nomes-chave na região do Golfo. O embaixador Sidney Leon Romeiro, atualmente à frente da Embaixada do Brasil em Abu Dhabi, destaca-se por integrar a agenda bilateral com os Emirados, movendo temas como sustentabilidade, comércio e inovação tecnológica . Ele assume a frente da representação brasileira após ter sido diretor do Departamento do Oriente Médio do Itamaraty desde 2019.

O Brasil conta ainda com outros diplomatas em postos estratégicos: Adriano Silva Pucci, embaixador no Bahrein; Marcelo Otávio Dantas Loures da Costa, no Catar; e Rodrigo D’Araujo Gabsch, no Kuwait . Eles integram uma rede que permite ao Brasil dialogar e fomentar cooperação em toda a região do Golfo.

A diplomacia do CCG no Brasil, por sua vez, transcende os acordos formais. Os representantes do Golfo têm fortalecido laços por meio de programas comuns de segurança alimentar, transição energética, tecnologia e cultura. O Catar tem atuado de forma marcante com a Embaixada e a Câmara Árabe, consolidando trocas bilaterais.

Esse fluxo interativo demonstra que a diplomacia atual requer mais do que tratados: exige presença ativa, visão estratégica e alinhamento cultural. A articulação coordenada entre os embaixadores do CCG no Brasil e os diplomatas brasileiros no Golfo representa um movimento real de Sul-Sul estratégico, em trilhas plurais que vão além dos tradicionais eixos geopolíticos.

O protagonismo de Sidney Leon Romeiro, junto aos seus pares, reforça que o Brasil se consolida como parceiro confiável, capaz de atrair investimentos e fomentar um intercâmbio bilateral mais profundo. Essa atuação sinérgica vem consolidando uma nova ordem de cooperação internacional, baseada em pragmatismo, inovação e confiança mútua.

Se desejar, posso formatar esse artigo em PDF ou Word com identidade institucional, pronto para publicação ou uso institucional. Deseja isso?

 

— Dra. Pricila Menin, jornalista, advogada, presidente do Instituto InvestBrasil e secretária executiva da Frente Investe Brasil do Senado Federal em apoio aos investimentos estrangeiros.