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O som do morro ecoa todos os dias, não apenas nas batidas do samba, mas também nos passos de quem desce para trabalhar, lutar e sobreviver. São operários, babás, seguranças, policiais — homens e mulheres que enfrentam longas jornadas em busca do sustento. Enquanto cuidam dos filhos dos outros, muitas vezes os seus ficam em casa, sozinhos ou na escola, onde a merenda pode ser a única refeição do dia.
O morro também desce para cantar, sonhar e amar. Em sua maioria, é formado por pessoas pretas e pardas, que resistem e cultivam fé, mesmo quando esta é perseguida. Carregam no sangue a herança de ancestrais escravizados e o desejo por dias mais justos.
Nas eleições, o morro também desce para votar, mesmo com a descrença de que algo vá mudar. Ainda assim, mantém viva a esperança de que um dia seus filhos sejam protegidos pelo Estado com o mesmo zelo dado aos filhos do asfalto.
A cultura é outro símbolo dessa resistência. O samba, nascido nos morros, atravessou fronteiras e se tornou patrimônio nacional. Mas, como provoca o autor, o que o asfalto leva ao subir o morro? É hora de refletir sobre como transformar essa realidade para que armas e drogas deixem de ser as únicas ferramentas presentes nas comunidades.
A proposta é clara: a segurança precisa ser compartilhada. A paz nas cidades só será possível quando o morro também for seguro — e isso passa por justiça social, igualdade e respeito aos direitos de todos. “O que vale pra Francisco tem que valer pra Chico”, lembra o autor, defendendo que a lei deve alcançar igualmente quem vive no asfalto e quem vive no alto.
A mensagem final é um apelo à união. O bem precisa se fortalecer para vencer o mal. A transformação das comunidades não depende apenas de políticas públicas, mas da consciência coletiva de que a verdadeira segurança nasce da equidade e do respeito.
Cultura Brasileira em Ascensão
Paralelamente, o setor criativo brasileiro vive um momento de consolidação e reconhecimento global. O cinema nacional alcançou destaque com o Oscar de “Ainda Estou Aqui” e a nomeação de “O Agente Secreto” para 2026, reforçando a força da produção audiovisual do país.
O crescimento também é notável no mercado digital: 93,5% das músicas mais ouvidas no Brasil são nacionais, e o consumo de artistas brasileiros no Spotify aumentou 31% em 2024. Esses dados refletem o vigor da indústria musical e seu papel econômico cada vez mais relevante.
Dentro desse cenário, o portal CRIATIVOS se posiciona como um Hub de Inteligência Sociocultural, ampliando o diálogo entre cultura, tecnologia e mercado. Projetos como o CERTIFICA SOM, desenvolvido pela Cedro Rosa em parceria com a UFCG, Embrapii e Sebrae, promovem a rastreabilidade de obras artísticas.
Outra iniciativa em andamento é a criação da Cátedra de Economia Criativa + Cultura + Tecnologia Aplicada, em parceria com o CBAE/UFRJ, voltada à formação e geração de conhecimento para o fortalecimento do setor.
A proposta central é a criação de um sistema de engenharia sociocultural, integrando o potencial criativo brasileiro em um ecossistema global que une desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade.
O Brasil, com sua diversidade e potência cultural, reafirma sua posição no mundo: um país criativo que transforma suas realidades e inspira o futuro.
Por: Carlos Janan (adaptação jornalística por Jessica Porto)
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