Bomba no STF: Bolsonaro pode ser preso a qualquer momento por plano de fuga

Lindbergh Farias protocola pedido urgente de prisão contra Bolsonaro

Bomba no STF: Bolsonaro pode ser preso a qualquer momento por plano de fuga

Ex-presidente é acusado de burlar restrições judiciais e articular possível fuga do país

O Supremo Tribunal Federal recebeu nesta sexta-feira uma representação solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, protocolado pelo ex-senador Lindbergh Farias, fundamenta o pedido em três pilares: violação sistemática de medidas cautelares, risco à ordem pública e possibilidade concreta de fuga do território nacional.

Segundo a investigação da Polícia Federal, Bolsonaro teria descumprido determinações judiciais ao ativar um novo aparelho celular em 25 de julho, apenas uma semana após ter seu telefone apreendido pela Justiça. O ex-presidente não comunicou a troca do dispositivo às autoridades competentes, conforme exigido pelas medidas cautelares impostas pelo próprio STF.

A partir do novo aparelho, foram identificados o envio de 363 mensagens através de listas de transmissão do WhatsApp, organizadas em grupos segmentados denominados "Deputados", "Senadores", "Outros" e "Outros 2". As comunicações incluíam contatos estratégicos com figuras políticas relevantes, entre elas o pastor Silas Malafaia, o deputado Capitão Alden e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa.

Particularmente preocupante para os investigadores foi a descoberta de que Bolsonaro mantinha comunicação com Braga Netto através de um número telefônico vinculado a uma chave PIX registrada em nome do aliado. Esta prática sugere, segundo a representação, uma tentativa deliberada de ocultar comunicações e contornar as proibições judiciais estabelecidas.

O documento caracteriza essas ações como parte de um "golpe continuado", argumentando que não se tratam de episódios isolados, mas de um padrão sistemático de mobilização digital e pressão política sobre as instituições brasileiras. A representação destaca ainda a utilização de discursos sobre possíveis sanções econômicas internacionais como instrumento de intimidação institucional.

O elemento que mais preocupa as autoridades é o risco concreto de fuga do país. Durante as investigações, foi apreendida uma minuta de pedido de asilo político direcionado ao governo argentino, evidenciando que alternativas de saída do território nacional foram cogitadas pelo ex-presidente e seu círculo próximo.

A proximidade do julgamento de Bolsonaro, marcado para iniciar em 2 de setembro, é apontada como fator agravante. Os signatários da representação argumentam que existe potencial para intensificação de discursos radicalizados e convocações para manifestações, o que justificaria a prisão preventiva como medida preventiva contra nova escalada de instabilidade política.

A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações. Caberá agora ao Supremo Tribunal Federal analisar se os elementos apresentados são suficientes para decretar a prisão preventiva ou se medidas alternativas podem ser adotadas para garantir o cumprimento das determinações judiciais.

O caso representa um momento crucial no embate entre a defesa de Bolsonaro e os órgãos de investigação, colocando em questão não apenas sua liberdade individual, mas também os limites da atuação do Poder Judiciário em casos de descumprimento reiterado de medidas impostas a réus de alta projeção política no cenário nacional.

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Por Jornal da República em 22/08/2025
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