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“Há relatórios de inteligência da polícia sobre ameaças contra a minha vida. Portanto, usarei todos os instrumentos possíveis para garantir a minha defesa e a defesa da minha família”, declarou o parlamentar.

Um carro oficial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), custeado com recursos públicos, tem sido utilizado para levar e buscar a filha do deputado estadual Alan Lopes (PL) na escola, na capital fluminense. A informação foi divulgada pelo telejornal RJ2, da TV Globo, que obteve imagens do veículo sendo utilizado para fins pessoais no final do mês passado.
Alan Lopes é presidente da Comissão de Educação da Alerj e dispõe de dois carros alugados por seu gabinete. Os dois veículos somam um custo mensal de R$ 12,5 mil. A legislação vigente estabelece que os automóveis oficiais devem ser utilizados exclusivamente para atividades parlamentares — o que não se aplica ao transporte de familiares para a escola.
As imagens exibidas pelo RJ2 mostram o veículo identificado com a placa “59” e classificado como pertencente ao “Presidente de Comissão”, parado em frente a um colégio. Ao ser questionado sobre o uso do carro, o motorista reagiu de forma hostil: “Não vou tirar dúvida de ninguém aqui. Sabe por quê? Porque eu não quero. E outra: quem são vocês pra tirar dúvida de vocês?”, respondeu à mulher que registrava a situação em vídeo.
Ainda durante a abordagem, dois homens desceram do carro oficial e passaram a filmar a mulher que fazia o registro. “Bota onde a senhora quiser. Quer filmar aqui? Filma um pouquinho mais. Aqui, ó. Filma aqui, que eu sou autorizado a fazer isso”, disse um dos homens, posteriormente identificado como João Paulo de Carvalho Monteiro, assessor parlamentar de Alan Lopes..
Procurado pela reportagem, o deputado Alan Lopes alegou que a utilização do carro oficial para transportar sua filha está relacionada à sua segurança e de seus familiares. “Há relatórios de inteligência da polícia sobre ameaças contra a minha vida. Portanto, usarei todos os instrumentos possíveis para garantir a minha defesa e a defesa da minha família”, declarou o parlamentar.
Apesar da justificativa, especialistas em direito administrativo apontam que a lei é clara quanto à destinação dos veículos públicos: sua utilização deve estar vinculada estritamente ao exercício do mandato parlamentar. O episódio reacende o debate sobre os limites do uso de recursos públicos por agentes eleitos e a fiscalização desses benefícios.
Fonte Agenda do Poder
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