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Castro expõe Bacellar publicamente e promete "discussão" sobre demissão de Washington Reis
O governador Cláudio Castro tornou pública nesta quinta-feira uma mensagem devastadora contra o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, classificando a demissão de Washington Reis como "intempestiva e desrespeitosa". A declaração, lida ontem pelo secretário de Governo André Moura para deputados, foi divulgada nas redes sociais do governador, transformando um conflito interno em espetáculo público e expondo as fraturas profundas na base governista.
A estratégia de Castro de tornar pública sua insatisfação com Bacellar marca uma escalada perigosa no conflito que já abala o Palácio Guanabara há semanas. Ao classificar a atitude do presidente da Assembleia como "desrespeitosa" e realizada "sem aprovação" e "sem diálogo", o governador não apenas desautoriza publicamente seu escolhido para a sucessão, mas também questiona sua capacidade de articulação política. A mensagem revela que, embora Castro mantivesse a demissão de Washington Reis por questões estratégicas, ele não perdoou a forma como Bacellar conduziu o processo, criando um precedente perigoso para futuras decisões do governo interino.
O timing da divulgação não é casual e demonstra a sofisticação política de Castro, que escolheu o momento exato para contra-atacar sem comprometer totalmente sua relação com Bacellar. Ao revelar que a demissão de Washington "já vinha sendo discutida" devido às "sinalizações desalinhadas" do ex-secretário, Castro consegue justificar a manutenção da exoneração enquanto critica duramente o método utilizado. A informação de que a demissão estava prevista para após suas férias sugere um planejamento cuidadoso que foi atropelado pela ansiedade política de Bacellar, evidenciando uma falta de coordenação que pode ter consequências eleitorais graves.
A frase mais contundente da mensagem - "a sucessão ao governo estadual é um projeto de um campo político e não de um desejo pessoal e descoordenado" - funciona como um tiro certeiro na credibilidade de Bacellar como candidato natural. Castro deixa claro que, apesar de tê-lo escolhido inicialmente, o presidente da Assembleia ainda precisa provar que tem capacidade de liderar um projeto coletivo, não apenas satisfazer ambições individuais. Essa crítica pública pode ser interpretada como um ultimato disfarçado: Bacellar precisa demonstrar mais maturidade política ou pode ver seu apoio evaporar antes mesmo de 2026 chegar.
A promessa de que "os fatos ligados à demissão ainda serão discutidos" entre os partidos da base soa como uma ameaça velada que pode redefinir completamente o cenário sucessório fluminense. Castro sinaliza que não considera o episódio encerrado e que haverá consequências políticas a serem definidas em conversas reservadas com os aliados. Essa postura sugere que o governador pode estar reavaliando não apenas métodos, mas também nomes para sua sucessão, deixando Bacellar em uma posição extremamente vulnerável. O recado público serve como aviso para toda a base: desafiar a autoridade de Castro, mesmo em exercício legítimo do poder, terá custos políticos elevados que podem comprometer projetos futuros.

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