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Cientistas chineses desenvolvem cola óssea inspirada em ostras que cura fraturas em minutos e substitui cirurgias invasivas.
Bone-02 substitui cirurgias invasivas e já foi testada em 150 pacientes com resultados positivos
Pesquisadores chineses anunciaram neste mês o desenvolvimento de uma “cola óssea revolucionária” capaz de curar fraturas em apenas minutos, reduzindo drasticamente o tempo de recuperação e evitando cirurgias complexas. O produto, batizado de Bone-02, foi inspirado no mecanismo natural das ostras, que produzem uma substância aderente resistente mesmo em ambientes subaquáticos.
Segundo o ortopedista Lin Xianfeng, de Hangzhou, o adesivo permite fixação precisa em poucos minutos, mesmo em condições com alto fluxo de sangue, onde técnicas tradicionais de colagem falham.
Como funciona a Bone-02
Aplicado por meio de injeção única, o material age como uma cola biocompatível que une fragmentos ósseos em três minutos. Em um caso experimental, um paciente com fratura no punho foi tratado com uma incisão de apenas 3 cm. O procedimento substituiu a necessidade de placa metálica e parafusos, além de eliminar uma possível segunda cirurgia para retirada dos implantes.
Após três meses de acompanhamento, a fratura estava totalmente cicatrizada e sem complicações. Outros 149 pacientes já receberam o tratamento, todos com resultados considerados positivos, de acordo com os relatos publicados no Global Times e no Cho Sun Daily.
Vantagens sobre cirurgias tradicionais
A Bone-02 oferece benefícios importantes em relação às técnicas convencionais:
Inspiração da natureza
O avanço foi inspirado na biocola secretada pelas ostras, que conseguem se fixar firmemente a superfícies molhadas, salgadas e em movimento constante. Esse modelo natural ajudou a desenvolver um adesivo capaz de funcionar em condições adversas dentro do corpo humano.
Desafio global
As fraturas representam um problema crescente de saúde pública: em 2019, cerca de 178 milhões de pessoas sofreram fraturas no mundo, um aumento de 30% em relação a 1990, segundo a revista The Lancet. A nova tecnologia pode representar uma alternativa revolucionária para tratar esse tipo de lesão em escala global.
O produto já foi patenteado na China e no exterior, abrindo caminho para possível aplicação internacional em médio prazo.
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