Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o governo federal abandonou o Rio de Janeiro em meio à crise na segurança pública, após a megaoperação que deixou dezenas de mortos. O governo Lula, no entanto, nega a acusação e aponta falhas na coordenação estadual.
GLO no centro da disputa
A Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o uso das Forças Armadas para apoiar a segurança pública, tornou-se o ponto de maior atrito. Castro alega que o governo federal recusou apoio logístico e o envio de blindados por não decretar a GLO. Já o Ministério da Justiça afirma que nunca recebeu pedido formal e que atendeu todas as solicitações enviadas pelo estado desde 2023.
Divergência entre os governos
O governo federal destaca que a Força Nacional atua no Rio desde outubro de 2023 e que todas as demandas foram atendidas, o que contradiz a narrativa de abandono. Castro, por outro lado, afirma que o estado está “sozinho” no combate ao crime organizado, por não contar com o apoio das Forças Armadas.
Críticas à gestão estadual
Analistas apontam que o governador tenta transferir ao governo Lula a responsabilidade pelos próprios erros na segurança pública. A estratégia estadual é criticada por priorizar operações pontuais e de alta letalidade, sem políticas estruturais que promovam resultados duradouros.
Além disso, o presidente Lula já utilizou a GLO em outras ocasiões, inclusive em 2023 para reforçar a segurança em portos e aeroportos, o que contradiz a ideia de que ele seria contra o instrumento.
O que está em jogo
A disputa entre os governos federal e estadual vai além do discurso político. Ela expõe a necessidade de cooperação efetiva entre as esferas de poder e de políticas permanentes que reduzam a violência de forma sustentável. No Rio, o modelo atual de ações de impacto rápido vem sendo questionado por não gerar melhorias consistentes nas comunidades afetadas.
Caminhos possíveis
Para que a GLO seja decretada, o governo estadual precisaria reconhecer oficialmente a incapacidade de suas forças de segurança. O governo federal, por sua vez, defende que o Rio precisa fortalecer a integração entre as polícias e as instituições locais antes de recorrer a medidas extremas.
Fonte: Brasil247
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!