CPI das Câmeras devem ouvir Polícia e mais dois secretários do Rio

CPI das Câmeras devem ouvir Polícia e mais dois secretários do Rio

Presidida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch (PL), Comissão de Inquérito realizou a primeira reunião com participantes externos

A CPI das Câmeras recebeu, na manhã desta segunda-feira (11), os representantes das empresas de vigilância Gabriel e Guardião, além do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio, Gustavo Guerrante. 

Na audiência, que durou cerca de quatro horas, Guerrante declarou que mais de 400 câmeras da Gabriel estão irregulares naz cidade do Rio e terão o prazo até 31 de dezembro para a retirada dos totens. 

Além disso, o diretor executivo da Gabriel, Erick Coser, revelou que a empresa, que teria faturamento de R$ 3,5 milhões, teria prejuízo de R$ 22 milhões cobertos por  um fundo japonês e entidades brasileiras. Outro fator que chamou a atenção dos parlamentares foi o fato do registro de placas de veículos, que seriam feitas em parceria com a Polícia Militar, saindo do acesso restrito da empresa. 

De acordo com o presidente da Comissão, deputado Alexandre Knoploch (PL), a próxima audiência tentará apurar mais sobre este acesso a informações sigilosas pela Lei de Proteção de Dados como também a instalação em vias sem autorização e sem cliente pagante, como os aparatos instalados em praças públicas e calçadas, com consumo de energia pública paga pelos contribuintes. 

"Essa tecnologia de leitura de placas não vejo com normalidade e outro tema relevante é que passa na Prefeitura que é a instalação irregular e sem padrão. E que vão continuar até o fim do prazo que é longo", resume. 

Knoploch ainda listou que deve convidar para as próximas reuniões os secretários de Polícia Militar e da Polícia Civil como também dos secretários municipais de Conservação e Ordem Pública do Rio para entender os critérios e questionar a tolerância com as câmeras com uso irregular do passeio público. 

Os encontros devem ocorrer a cada 15 dias, em média, e ainda visa ampliar a ouvir seguradoras e cooperativas de veículos, que segundo o deputado, tem o foco de entender a alta taxa de recuperação de autos roubados e furtados no RJ, com suspeita de ligação com o crime organizado.

Crédito Alex Ramos

Por Jornal da República em 12/08/2025
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