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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou que as investigações não devem se restringir às bases das organizações criminosas. Segundo ele, a comissão também vai mirar “o andar superior”, incluindo políticos e autoridades que possam estar envolvidos com o crime.
Contarato ressaltou que o objetivo é compreender toda a estrutura que sustenta o crime organizado no país, investigando não apenas os executores, mas também possíveis financiadores e agentes públicos que facilitem ou se beneficiem dessas práticas.
“Não podemos olhar apenas para quem está na ponta, mas também para quem dá suporte e lucra com isso nos altos escalões”, declarou o senador.
O parlamentar frisou ainda que a CPI deve buscar resultados concretos e não se transformar em um instrumento político, especialmente às vésperas das eleições de 2026. Ele afirmou que a comissão trabalhará de forma técnica e transparente, com base em dados e depoimentos que ajudem a formular políticas eficazes de combate à criminalidade.
Contarato também comentou as recentes operações policiais no Rio de Janeiro, que deixaram mais de cem mortos. Segundo ele, é preciso compreender as causas da violência e agir com responsabilidade, sem abrir mão dos direitos humanos.
Instalada no início de novembro, a CPI do Crime Organizado tem como relator o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e como vice-presidente o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). As primeiras oitivas estão previstas para ocorrer nas próximas semanas, com o foco em desvendar as conexões entre o crime e o poder público.
Fonte: Uol
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