Diego Zeidan encerra campanha presidencial do PT e vai começar campanha para Deputado Federal em meio a conflitos éticos entre comando da legenda, Secretaria municipal com interesses de Paes, Maricá e disputas familiares

Diego Zeidan encerra campanha presidencial do PT e vai começar campanha para Deputado Federal em meio a conflitos éticos entre comando da legenda, Secretaria municipal com interesses de Paes, Maricá e disputas familiares

Novo dirigente partidário eleito Presidente do PT-RJ após turbulenta campanha e acusações de compras de voto, agora vai enfrentar dilemas éticos entre comando da legenda, Secretaria municipal com interesses de Paes e disputas familiares.

A decisão do dirigente de acumular o comando partidário com ambições eleitorais pessoais levanta questões éticas fundamentais sobre como será possível presidir o PT de forma imparcial enquanto disputa uma vaga na Câmara dos Deputados.

O cenário se torna ainda mais delicado quando se considera sua posição como secretário de Eduardo Paes e os conflitos familiares que permeiam a política de Maricá.

O primeiro grande desafio de Zeidan será demonstrar transparência na distribuição do fundo eleitoral do PT, já que como presidente da legenda terá poder decisório sobre recursos que podem beneficiar diretamente sua própria campanha.

A questão ganha contornos ainda mais complexos considerando sua dupla lealdade: ao partido que agora comanda e ao prefeito Eduardo Paes, que recentemente cortou mais de 104 milhões de reais da secretaria comandada por Diego Zeidan. Esses recursos foram transferidos para a pasta chefiada pelo filho de Otoni de Paula, político que subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para pedir o impeachment do presidente Lula, criando um evidente conflito de interesses entre as funções partidária e administrativa.

A situação se complica dramaticamente quando se analisa o cenário político de Maricá, onde Diego Zeidan precisará navegar entre lealdades familiares conflitantesDe um lado está sua mãe, Deputada Estadual Rosangela Zeidan, que carrega o sobrenome da família e foi fundamental para a ascensão política de Washington Quaquá ao poder, mas que desde a separação política do pai de Diego, Quaquá subiu no salto da ostentação e tem enfrentado dificuldades significativas em sua trajetória. 

Do outro lado, encontra-se a atual esposa de Quaquá, apelidada pela oposição de "Janja de Maricá", que segundo indicações também será candidata a deputada estadual, numa movimentação interpretada pelos adversários como tentativa de ocupar não apenas o espaço do ex-marido, mas também o espaço político de Rosangela Zeidan.

O quadro eleitoral de Maricá promete ser um dos mais disputados do estado, como será as dobradas de Diego Zeidan tendo além da mãe Deputada Zeidan e a madrasta Gabriela Lopes (atual primeira Dama) no mesmo reduto eleitoral a presença de candidatos ligados a Maricá como os deputados Estaduais Renato Machado, ex-secretário do ex-prefeito Fabiano Horta, e Verônica Lima, que contou na última eleição com o apoio estratégico de Joãozinho, vice de Quaquá em Maricá e atual presidente do PT-RJ, além de outros vereadores da base que também almejam o destino da Alerj.

Essa configuração coloca Zeidan em uma posição delicada, onde suas decisões como presidente do PT estadual podem impactar diretamente as chances eleitorais de aliados e adversários em sua própria região, criando potenciais conflitos de interesse que vão além da esfera pessoal.

A complexidade da situação de Diego Zeidan reflete os desafios mais amplos da política brasileira contemporânea, onde a sobreposição de funções públicas, partidárias e interesses pessoais cria um emaranhado de lealdades conflitantes.

O sucesso de sua gestão à frente do PT dependerá da capacidade de estabelecer protocolos claros de separação entre suas múltiplas funções, garantindo transparência na distribuição de recursos eleitorais e neutralidade nas decisões partidárias.

Qualquer deslize nesse delicado equilíbrio pode comprometer não apenas sua candidatura pessoal, mas também a credibilidade do PT no estado do Rio de Janeiro, especialmente em um momento em que o partido busca se fortalecer para as próximas eleições que tem como papel principal a reeleição de Lula que perdeu para Bolsonaro no Estado do Rio de Janeiro e até no seu reduto eleitoral Maricá, que terá também que disputar com fortes candidatos Bolsonaristas a deputado na região, como o Vereador de Maricá Ricardinho Netuno, os Deputados Estaduais Delaroli e Poubel e até o Deputado Federal Altineu Cortês (Presidente PL-RJ) entre outros buscam seus votinhos em Maricá.

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Por Jornal da República em 08/07/2025
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