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Quem viveu ou costumava visitar o Rio de Janeiro entre as décadas de 1970, 80 e 90, certamente recorda-se de um objeto de desejo de mulheres de várias gerações: os Jeanswear com as famosas cantoneiras douradas que viraram sinônimo da marca de luxo Dijon.
Criada, em 1964, pelos irmãos Humberto e Miguel Saade, a Dijon estreou com moda masculina e praiana, expandindo depois para alfaiataria e camisaria. Entre os irmãos, Humberto Saade era o empresário por trás da marca e o responsável por campanhas publicitárias ousadas para a época que mostravam modelos como Luiza Brunet e Monique Evans, vestidas apenas com o icônico jeans Dijon, nuas da cintura para cima.
Mas nem só de jeans a marca foi construída e fez sucesso, especialmente nas duas últimas décadas do século passado. Na virada dos anos de 1990, Humberto Saade expandiu o nome Dijon para outros produtos. O espumante, a água mineral e os colchões eram os mais conhecidos, mas foram lançados charutos, cigarrilhas, chicletes, balas e até preservativos com o logo tipo do famoso leão.
Com chegada do século XXI, novas marcas surgiram e a Dijon perdeu terreno no mundo da moda e do licenciamento de produtos classe A. Outros conceitos de moda, luxo e comportamento surgiram trazendo duas grandes novidades: o politicamente correto e a preocupação com o meio ambiente.
E é justamente levantando a bandeira da sustentabilidade que a Dijon retorna ao mercado nacional, ainda neste ano de 2025, pelas mãos e determinação de um sobrinha dos irmãos Humberto e Miguel, a artista e empresária Jehane Saade, atual diretora da marca.
O renascimento do luxo com alma brasileira
“O Brasil sempre foi sinônimo de criatividade e elegância — e a Dijon chega para reconectar o país à sua própria história de sofisticação. Mais que uma marca, é um símbolo de identidade, memória e afeto”, traduz Jehane.
Para a sobrinha dos irmãos Saade, a marca Dijon une tradição e futuro, celebrando o que é feito no Brasil com excelência, propósito e alma. Seus primeiros lançamentos — bebidas premium, fragrâncias e objetos de desejo — traduzem um estilo de vida que valoriza os sentidos, a arte e a história. O café, por exemplo, surge como símbolo de encontro, afeto e reflexão.
“Estamos em diálogo com grupos estratégicos que compartilham da mesma visão: construir um legado, e não apenas um negócio. A Dijon nasce de um ecossistema colaborativo, com parcerias que unem o design, a economia criativa, o mercado de luxo e o impacto social. É uma marca que cresce com propósito e alianças éticas”, destaca Jehane Saad.
A atual diretora da Dijon já está fechando negócios com empresários de vários setores da cena artística e cultural do Rio de Janeiro para colocação do café Dijon em museus e casas de espetáculo cariocas. Nesse último domingo, os participantes do evento One Real Experience, um movimento que une arte, tecnologia e propósito socioambiental, tiveram a oportunidade de degustar com exclusividade o blend premium certificado pelo selo de ecoeficiência IPCEAT - Instituto de Pesquisa e Consultoria de Estudos Avançados e Tecnológicos.

(Jehane: você pode acrescentar informações à matéria sobre o café e os contratos, que julgar convenientes)
A nova direção da Dijon acredita em um novo luxo que seja ético, afetivo e consciente. Um luxo com propósito, que nasce do cuidado, da origem e da autenticidade.
Em sua essência, está o espírito criativo e livre que marcou gerações — e que agora inspira uma nova forma de elegância brasileira. O retorno à moda virá de forma simbólica, com peças que unem memória, tecnologia e sustentabilidade.
“Mais do que um relançamento, é um renascimento. A Dijon volta para honrar um legado familiar e coletivo — e reafirmar que o verdadeiro luxo é sentir, não apenas consumir”, conclui Jehane Saade.
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