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Durante o seminário nacional de segurança pública do Partido dos Trabalhadores, o advogado Dr. Rubinho da Divinéia apresentou uma visão alternativa para o combate ao crime organizado no Brasil. O especialista em gestão e mestre em Estado, Governo e Políticas Públicas pela FLACSO/FPA defendeu uma abordagem que priorize a inteligência policial em detrimento de operações que resultem em alta letalidade, especialmente em comunidades periféricas.
"A fórmula mágica não existe", afirmou Divinéia ao ser questionado sobre como equilibrar o combate ao crime organizado com a defesa dos direitos humanos. O advogado, que se formou e vive em comunidade, criticou duramente as operações policiais realizadas no Rio de Janeiro há duas semanas e meia, classificando-as como "barbárie estatal". Segundo ele, essa não é a forma como o Partido dos Trabalhadores trabalha na área de segurança pública.
O especialista destacou que o PT já demonstrou eficácia no combate ao crime através de operações como a Carbono Oculto, que chegou até a Faria Lima e às empresas de tecnologia financeira (Fintex). "É atacar o crime organizado de cabo a rabo, de A a Z, sem olhar CEP, sem olhar cor, sem olhar classe social", explicou Divinéia, enfatizando que o combate deve ser igualitário, independentemente se o criminoso usa "colarinho branco ou chinela havaiana".
Proposta de Ministério da Segurança Pública
Uma das principais propostas apresentadas pelo advogado foi a criação de um Ministério da Segurança Pública, que contaria com secretarias específicas para cuidar de cada estado brasileiro. Essa estrutura permitiria uma "sintonia fina" da segurança pública em parceria com estados e municípios. A proposta surge após o presidente ter destacado que os municípios deveriam estar mais presentes no território entregando políticas públicas, pois "na ausência do estado entram as forças criminais".
Divinéia defendeu que o combate ao crime deve ser feito através de inteligência, focando no sufocamento da questão financeira das organizações criminosas, ao invés de operações policiais convencionais. Quando questionado sobre como retomar territórios dominados pelo narcotráfico sem realizar operações policiais, considerando a existência de um "exército do narcotráfico" nas comunidades, o especialista explicou que inteligência significa "coleta de dados e incursões sem aquela barbárie".
Críticas à lógica de confronto
O advogado reconheceu que confrontos são inevitáveis em determinadas situações, mas criticou a mentalidade que trata criminosos como inimigos. "A polícia não tem inimigo. A polícia é para proteger e servir e trata o criminoso, ainda que seja, como cidadão", declarou. Segundo Divinéia, a lógica de inimigo leva a uma questão de extermínio, que é própria das forças armadas em questões de soberania nacional, não da polícia em segurança pública.
Ele enfatizou que, mesmo havendo confrontos, estes devem ocorrer "nos marcos legais", garantindo a incolumidade do cidadão. O especialista criticou duramente a forma como a extrema direita aborda a segurança pública, classificando-a como tendo "a profundidade de um pires", destinada apenas a manipular o sentimento da opinião pública de forma rasa, mas com efeito devastador no cidadão médio.
Resposta a polêmicas
Quando questionado sobre declarações polêmicas de uma socióloga que viraram "meme nacional" e são utilizadas pela direita em seus discursos, Divinéia reafirmou que quem trata de segurança pública deve ter responsabilidade e conhecimento das leis. O advogado concluiu sua participação no seminário destacando que o Partido dos Trabalhadores possui "moral para entregar a segurança pública cidadã" ao país.
A segunda conferência nacional de segurança pública do PT, sucessora da primeira realizada por Tarso Genro, busca formular propostas levando em conta sempre o humanismo, segundo Divinéia. O evento reuniu diversas autoridades de segurança pública para debater um tema que tem dominado os noticiários brasileiros e dividido opiniões sobre as melhores estratégias para enfrentar a criminalidade no país.

Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Editor do Ultima Hora Online e Jornal da República, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex- Secretário Municipal de Receita de Itaperuna-RJ, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ
Por Robson Talber @robsontalber
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