Governador Cláudio Castro é aplaudido em missa na Barra da Tijuca cinco dias após operação que deixou 121 mortos

Governador Cláudio Castro é aplaudido em missa na Barra da Tijuca cinco dias após operação que deixou 121 mortos

Fiéis demonstram apoio durante cerimônia de Finados enquanto pesquisa Genial/Quaest revela 64% de aprovação à megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recebeu uma calorosa demonstração de apoio durante a missa de Finados neste domingo (2) na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste da capital. Os fiéis presentes na cerimônia religiosa aplaudiram de pé o governador, em uma manifestação espontânea de apoio que ocorreu cinco dias após a controversa operação policial que resultou em 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão. A cena, registrada durante a celebração religiosa, evidencia o respaldo popular que a ação policial tem recebido entre determinados segmentos da população carioca.

Durante a celebração, o padre da Paróquia Santa Rosa de Lima prestou uma homenagem especial ao governador e às forças de segurança do estado. O celebrante destacou o sacrifício dos agentes policiais mortos em serviço, mencionando que "nós perdemos quatro policiais e outros estão hospitalizados". O sacerdote aproveitou o momento para solicitar orações pela corporação policial, reconhecendo os desafios enfrentados pelos profissionais de segurança pública no Rio de Janeiro. "Não é fácil ser policial militar ou civil em nenhuma parte do mundo, ainda mais no Rio de Janeiro, com tantos desafios", declarou o padre durante a homilia.

A fala do religioso também incluiu uma mensagem de solidariedade às comunidades afetadas pela operação. O padre pediu orações "pelas pessoas boas e honestas que moram nas favelas", demonstrando preocupação com os moradores das áreas onde ocorreu a ação policial. Essa postura equilibrada do celebrante reflete a complexidade da questão de segurança pública no Rio de Janeiro, onde as operações policiais geram debates sobre métodos, eficácia e impactos nas comunidades.

A presença de Castro na paróquia não foi ocasional, já que o governador é frequentador habitual da igreja. Essa regularidade nas atividades religiosas tem sido uma característica marcante de sua gestão, buscando manter proximidade com diferentes segmentos da sociedade fluminense. A recepção calorosa dos fiéis durante a missa de Finados sugere que, pelo menos entre esse público específico, as ações de segurança pública implementadas pelo governo estadual encontram respaldo e aprovação.

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no sábado (1º) corrobora a percepção de apoio popular demonstrada na igreja. O levantamento revela que 64% dos fluminenses aprovam a operação realizada na terça-feira (28) contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. Os números mostram que apenas 27% dos entrevistados desaprovam a ação, enquanto 6% mantêm posição neutra e 3% não souberam ou não quiseram responder. Esses dados indicam que, apesar das críticas e controvérsias, a maioria da população fluminense endossa as medidas de enfrentamento ao crime organizado.

A metodologia da pesquisa Genial/Quaest conferiu credibilidade aos resultados apresentados. O levantamento ouviu 1.500 moradores do estado do Rio de Janeiro, com entrevistas realizadas presencialmente e em domicílio nos dias 30 e 31 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança, parâmetros que atendem aos padrões técnicos para pesquisas de opinião pública. A proximidade temporal entre a operação e a coleta de dados garante que as opiniões captadas refletem as impressões imediatas da população sobre os eventos.

A Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, apresentou números que chamaram atenção nacional e internacional. Além dos 121 mortos em confronto, a ação resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 93 fuzis. Esses números representam uma das maiores operações policiais já realizadas no Rio de Janeiro em termos de apreensões de armamento pesado e número de detidos. A quantidade de fuzis apreendidos evidencia o alto poder bélico das organizações criminosas que atuam nas comunidades.

O contexto da operação envolveu o enfrentamento direto com integrantes do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas que atua no Rio de Janeiro. A ação foi planejada como resposta ao crescimento da violência e do poder de fogo dos grupos criminosos nessas áreas. As autoridades de segurança justificaram a operação como necessária para desarticular estruturas do tráfico de drogas e reduzir a influência das facções criminosas sobre as comunidades locais.

A repercussão da operação ultrapassou as fronteiras do estado, gerando debates nacionais sobre políticas de segurança pública e métodos de combate ao crime organizado. Organizações de direitos humanos questionaram a proporcionalidade da ação e o alto número de mortos, enquanto apoiadores defendem a necessidade de ações enérgicas contra o crime organizado. Esse debate reflete tensões históricas sobre como equilibrar eficácia policial com respeito aos direitos humanos e proteção de civis.

A demonstração de apoio na igreja da Barra da Tijuca ilustra como diferentes segmentos da sociedade carioca percebem as questões de segurança pública. A região da Barra da Tijuca, conhecida por concentrar população de maior poder aquisitivo, historicamente apoia medidas mais rigorosas de combate à criminalidade. Essa dinâmica social contribui para explicar a recepção positiva que o governador recebeu durante a cerimônia religiosa.

Os desdobramentos políticos da operação continuam se manifestando através de pesquisas de opinião, manifestações públicas e debates na mídia. A aprovação popular registrada pela pesquisa Genial/Quaest pode influenciar futuras decisões sobre políticas de segurança pública no estado. O respaldo da população tende a fortalecer a posição do governo estadual em suas estratégias de enfrentamento ao crime organizado, potencialmente resultando em mais operações similares.


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Por Jornal da República em 02/11/2025
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