Medicamento ultramoderno para tratar câncer de mama chega ao SUS

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação do medicamento Trastuzumabe Entansina ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de mulheres com câncer de mama do tipo HER2-positivo, um importante avanço nas políticas públicas voltadas à saúde da mulher.

O primeiro lote já foi entregue, e novas remessas estão programadas para os meses de dezembro de 2025, março e junho de 2026, permitindo o atendimento de cerca de 1.144 pacientes ainda neste ano.

Investimento e Redução de Custos

O governo federal investiu aproximadamente R$ 159,3 milhões na aquisição de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento — metade de 100 mg e metade de 160 mg. O processo de compra resultou em preços bem abaixo dos valores de mercado: o frasco de 100 mg, que custava cerca de R$ 7,2 mil, passou a R$ 3,5 mil, e o de 160 mg caiu de R$ 11,6 mil para R$ 5,6 mil. A negociação gerou uma economia estimada em R$ 165,8 milhões.

Avanço no Tratamento

O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que, mesmo após o tratamento quimioterápico inicial, ainda apresentam sinais da doença no caso de câncer de mama HER2-positivo em estágio III.
De acordo com o Ministério da Saúde, o medicamento representa “um avanço gigante para a oncologia nacional”, com potencial de reduzir em até 50% a mortalidade entre pacientes com esse tipo específico de câncer. A distribuição será feita por meio das secretarias estaduais de saúde, conforme protocolos clínicos vigentes.

Expansão de Políticas para a Saúde da Mulher

Além dessa incorporação, o Ministério da Saúde ampliou o acesso a outros medicamentos de alto custo, como os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), voltados a mulheres com câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2-negativo.

Outras medidas reforçam o compromisso com o cuidado integral: a sanção da Lei 2.291/2023, que garante cirurgia reparadora de mama pelo SUS independentemente da causa da perda da mama, e a ampliação do acesso à mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas.

 

Fonte: PT